O Brasil que emerge das urnas é um país dividido, onde o marketing matreiro do PT conseguiu o seu intento; as regiões norte, nordeste, mais Minas Gerais e Estado do Rio de Janeiro, maiores concentradores de usuários que necessitam da bolsa-família e outros benefícios para sobreviverem, foram fundamentais para reelegerem a presidente Dilma Rousseff.
Max Wolosker
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
Viajador pelas terras das Minas Gerais, uma das cidades que me faltava conhecer e que faz parte da Estrada Real de Minas Gerais era Diamantina. Daí que sábado último resolvemos conhecer o antigo Arraial do Tejuco, numa viagem diferente, pois em vez do caminho tradicional pela BR-040, passamos por Sumidouro, Carmo, Além Paraíba, Viçosa, Itabira, Guanhães, Serro e, finalmente, Diamantina.
Há mais ou menos quatro anos, publiquei em minha coluna um artigo que contava os problemas de Astrogildo com um vizinho, magistrado de profissão, por causa dos latidos de seus cães, que incomodavam o ouvido sensível de sua excelência. Astrogildo é um brasileiro que se mudou para o Lisarb, um país situado um pouco antes da Terra do Nunca, e que contou seu problema para Hermenegildo, seu amigo que, a contragosto, continua a morar no Brasil.
Três constatações são dignas de nota nas eleições de domingo: a primeira advém do fato da vitória esmagadora da atual presidente nos estados do Nordeste. Segundo José Casado, de O Globo, "ganhará no segundo turno quem for capaz de seduzir um eleitorado, cuja maioria (56%) sobrevive com renda individual na faixa de R$ 320 a R$ 1.120 por mês”. Isso quer dizer, onde o clientelismo do PT é mais forte, pois a Bolsa-Família é o esteio de muitas famílias.
Um país é grande não por causa de sua área territorial, mas por causa da postura do seu povo e pelas atitudes de sua classe dirigente, principalmente do seu presidente, seja ele homem ou mulher. Por isso, a escolha do mandatário maior de um país depende muito do preparo de seus cidadãos para decidir entre o candidato A, B ou C. Um país só será dirigido por um estadista se o seu chefe de estado tiver um diferencial muito grande, que o coloque acima dos demais concorrentes.
"Magnólia leitosa é excelente para sua constipação intestinal, sua vantagem é que já vem com papel”, "O poodle preto e branco de madame Banjar esta desaparecido, paga-se bem a quem achá-lo”, "Domingo tem sarau na casa de D. Mariquinha, serão servidos doces e quitutes nos quais a anfitriã é especialista”.
As eleições para o próximo ocupante do palácio do Planalto se aproximam e uma certeza já temos: a de que teremos segundo turno. Tudo leva a crer que o candidato Aécio Neves teve uma pane e não conseguiu decolar, assim a polarização vai ser entre Dilma, do PT, e Marina, do PSB. A pesquisa da semana passada aponta para uma eventual vitória de Marina, deixando a atual mandatária em segundo lugar, num segundo turno.
Nesse fim de semana fui a São Paulo para o casamento da filha de uma prima. Meu voo partia do Santos Dumont e parava no aeroporto de Congonhas, na capital paulista. Na realidade, são dois aeroportos a atestarem, todos os dias, a perícia e a competência dos pilotos profissionais brasileiros.
Assisti, envergonhado e com medo de que alguém me visse, à campanha eleitoral dos candidatos a governador desse pobre estado do Rio de Janeiro. Em ordem alfabética, os principais postulantes são Anthony Garotinho, Crivela, Lindberg e Pezão, um quarteto que não nos dá a mínima esperança de que algo de bom possa surgir após as eleições.
Em uma de nossas viagens de férias visitamos o museu do sino, anexo à Fundição Grassmayr, na cidade de Innsbruck, Áustria. Sino para mim era apenas um objeto que emitia som, geralmente colocado no campanário das igrejas com o objetivo de chamar os fiéis para missa e informar as horas. Qual não foi a minha surpresa ao conhecer a sua história e o modo como são fabricados. Quanto ao nome Grassmayr, trata-se do sobrenome de Bartime, que fundiu seu primeiro sino em 1599, nessa fundição que pertencia a seu pai.