Nos países do oriente, a questão da menopausa é vista de forma bem diferente da nossa. Entre eles não é conhecida nenhuma palavra que defina esta fase da vida feminina. Talvez o modo ocidental de entender os fatos seja o causador desta mudança radical pela qual passam as mulheres. Na verdade, é apenas uma das fases da vida, assim como foi a adolescência. O fato importante é que ela tomou uma carga de negatividade muito grande. Seria como o fim da feminilidade.
A Saúde da Mulher
Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
As mudanças que o mundo vem experimentando estão fazendo com que um número cada vez maior de mulheres retarde o momento de ter filhos. Se em tempos passados elas tinham seus filhos bem antes dos 30 anos, hoje ocorre exatamente o contrário. Um relacionamento sério pode acontecer somente depois dos 30 anos e, nesta idade, a maioria dos casais já dispõe de uma situação econômica que lhes permita pensar em ter um filho.
Quase sempre elas começam a consulta com um assunto diferente do real motivo que as levou ao meu consultório. Com atenção e calma, procuro entender cada palavra que aquela pessoa me diz. Depois de um certo tempo, surge então a razão principal da consulta. Lembrei deste assunto depois de atender, na última sexta-feira, uma jovem senhora, na faixa dos cinquenta anos. Estava residindo em Friburgo há cinco anos. Filhos criados, ela e o marido aposentados venderam o apartamento em São Paulo e mudaram-se para nossa cidade. Curioso, perguntei como descobriram Friburgo, tão longe de São Paulo.
Em tempos passados, muito tempo mesmo, os locais destinados a sediar as lutas ou batalhas entre gladiadores ou lutadores de diversos tipos eram chamados de arenas. O final destas causavam a morte depois de muitos dias de sofrimento. Poucos deles sobreviviam a alguns meses ou no máximo a um ou dois anos naquela vida. O tempo, como sempre, foi seguindo seu ritmo e as arenas acabaram por ser chamadas de estádios, do latim estadium ou gimnasium, mas com finalidade diferente das arenas.
Uma doença extremamente grave, que o mundo acreditava extinta, volta a dar sinais de vida. Causada por um vírus, a doença é passada de uma pessoa a outra por via oral, pela tosse, respiração, pela manipulação de objetos contaminados ou água também contaminada. O vírus causador é chamado poliovírus e a doença denominada poliomielite, por afetar as partes de cor acinzentada da medula espinhal. Há muitos anos passados, foi uma das mais terríveis doenças a atingir a humanidade.
Quase todos já ouviram falar numa doença chamada herpes, mas poucos sabem que existem dois tipos de herpes e muitos fazem confusão entre o herpes simples e o herpes zoster, o mais comum e frequente, causador de grandes sofrimentos entre homens e mulheres e até mesmo entre crianças. Aquelas lesões extremamente dolorosas que surgem nos lábios ou nos órgãos genitais de pessoas de ambos os sexos, podendo se transformar em feridas que podem se complicar e virar verdadeiras úlceras, demorando longos períodos para curarem.
O tempo passa, as notícias vão e vêm, mas de vez em quando o tema volta para as manchetes dos meios de comunicação. Estamos falando da velha e dolorosa conhecida da humanidade: a depressão. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), ela atinge atualmente cerca de 350 milhões de pessoas em todo o mundo, número gigantesco e assustador. A doença não escolhe idade nem sexo ou raça, destruindo vidas e famílias de forma silenciosa. Um número impressionante destas pessoas sequer sabe que a doença que as atinge e as afasta do convívio da família e dos amigos se chama depressão.
Recentemente, após palestra que fiz para um grupo de senhoras de uma igreja de nossa cidade, durante um cafezinho que me foi oferecido, algumas delas falavam a respeito do temor muito grande que pessoas de suas famílias sentiam de virem a sofrer de câncer porque nas famílias daquelas mulheres existiam casos da doença. Fiquei impressionado com a força do medo que elas relatavam que algumas de suas parentes sofriam. Acredito que muita gente que lê esta nossa coluna pode também passar por este tipo de dificuldade e penso que seria bom se esclarecêssemos certas coisas.
Um dia desses, ao tomar um café numa padaria do centro da cidade, fui solicitado por duas senhoras, tia e sobrinha, a lhes dar um minuto de atenção, como elas mesmas pediram. Queriam uma ajuda, uma orientação se possível, a respeito do marido da sobrinha. Disseram que me conheciam pelo programa sobre saúde da TV Zoom, há muitos anos, e também por esta nossa coluna falando do mesmo assunto. Muito simpáticas as duas e cheias de calor humano, comentaram que alguém devia dar mais atenção aos homens, que devia existir uma coluna sobre a saúde do homem, com o que eu logo concordei.
Receptores muito especiais, desenvolvidos ao longo de milhares de anos pela mãe natureza, situados no interior do nosso nariz, nos permitem sentir o mundo que está a nossa volta através do cheiro que ele emite. Também nos protegem de comer alimentos que podem nos fazer muito mal, pois os odores tanto atraem quanto repelem. Uma coisa estragada geralmente emite um cheiro desagradável e o nosso nariz manda um aviso ao cérebro: fuja disto, não coma nem beba. O contrário também acontece. O cheiro gostoso, agradável nos atrai, nos aproxima de seu local de origem.