Friburguenses uni-vos, não é possível aceitar uma forasteira como representante da cidade, na condição de Miss Friburgo, no concurso Miss Estado do Rio de Janeiro. Aliás, nem sabia que esse concurso ainda existia, em pleno século XXI, pois se de um lado escolhe a mulher mais bonita de uma cidade e, posteriormente, do estado por outro me remonta aos tempos da escravidão em que os negros eram exibidos para que os melhores fossem comprados e colocados a trabalhar de uma forma desumana.
Max Wolosker
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
Se sábado pela manhã fora aquela decepção esperada, com a outrora poderosa seleção brasileira de futebol à deriva frente à mexicana e, mais uma vez, ficando sem o ouro olímpico, à tarde tudo foi diferente. Ao contrário dos marmanjos do futebol, as meninas do vôlei deram um show de encher os olhos de alegria e, por que não, de lágrimas, ao faturarem mais um pódio, tornando-se bicampeãs com os títulos de Pequim 2008 e Londres 2012.
O espetáculo desagradável protagonizado por Sérgio Xavier, prefeito da vez, e Dermeval dá a dimensão exata da situação ridícula pela qual passa Nova Friburgo, transformando-a numa cidade digna de pena. A outrora Suíça Brasileira é um capítulo encerrado, pois tal acontecimento seria impensável na Suíça de verdade. Lá, a imagem de uma cidade, do país, jamais seria enxovalhada por atos dessa dimensão. Pior ainda, a atuação do poder judiciário, corroborando a desconfiança que a população tem por determinados magistrados e envergonhando aqueles que fazem do Direito uma atividade séria.
A grande diferença entre os parasitas que ocupam as cadeiras da câmara e senado federais e os funcionários públicos é o fato do aumento dos primeiros ser por decreto e o dos demais, após longas e desgastantes rodadas de negociações. Enquanto os funcionários, todos oriundos de concursos públicos difíceis, ralam de segunda a sexta, deputados e senadores trocam milhões de reais em troca de quatro anos de bonança, com expediente de terça a quinta e com todas as despesas pagas.
Por causa de minha última matéria sobre a polêmica gerada pelo crematório do Córrego Dantas, recebi, no ultimo domingo 22, um email de um leitor com comentários muito lúcidos e que, a meu ver, são pertinentes e ajudariam na resolução da questão.
Ele começa afirmando: “A situação hoje exige a presença dos crematórios cada vez mais perto de centros urbanos, no caso de humanos, preferencialmente dentro dos cemitérios... assim como existe também uma disputa de mercado para cremação de animais e dejetos hospitalares”.
”Deveras, a impetrante opera crematório que incinera resíduos hospitalares por quase cinco anos, período no qual assumiu compromissos com entidades privadas e com instituições públicas que agora, de inopino, se veem relegadas, com materiais hospitalares e resíduos nocivos acumulados em suas dependências, mormente nos casos de hospitais. Nesse passo, comprovou que nesta situação estão nosocômios e municípios, a exemplo de Santa Maria Madalena, além de instituições de pesquisa como a Fiocruz.
E a Isabella, com um sorriso nos lábios, rindo para sua mãe, nos deixou para entrar na vida espiritual e ao lado dos anjos continuar sua vida, na eternidade. Minha neta querida, nascida com Síndrome de Down e com uma grave lesão cardíaca, lutou pela vida durante sete meses. Foi uma batalhadora e nos deu uma lição de força interior que muitos marmanjos não possuem.
A sociedade brasileira, às vésperas de mais uma eleição, sofre um duro golpe com o recuo do TSE, pela mão de um de seus ministros, ao liberar os contas-sujas para disputar o pleito de outubro. José Antônio Dias Toffoli, mais novo ocupante do STF (Supremo Tribunal Federal), foi a oitava indicação do então Presidente Luis Inácio da Silva; sua escolha, aos 41 anos de idade, fez dele, também, o ministro mais jovem da suprema corte do Brasil.
Dizem as más línguas que há coisas que só acontecem ao Botafogo, mas na verdade o mesmo se aplica à nossa cidade. No bairro Ypu, próximo ao radar, existe um calombo na estrada a desafiar os técnicos e é uma constante ameaça à integridade dos motoristas. Mas, após temporais o mais comum é o aparecimento de buracos na estrada ou nas ruas; entre nós, no entanto, as depressões são para cima a desafiar a compreensão das pessoas.
Recebi, por e-mail, essa carta e resolvi publicá-la em minha coluna, pois é o desabafo da médica Maria Isabel Lepsch e que explica, em muito, a falência da saúde pública no Brasil:
“Sabe governador, somos contemporâneos, quase da mesma idade, mas vivemos em mundos bem diferentes. Sou médica, pediatra, deprimida e indignada com as canalhices que estão acontecendo. Não conheço bem a sua história pessoal e, com certeza, o senhor não sabe nada da minha.