Queridos irmãos, no dia 11 de outubro, 50 anos depois da abertura do Concilio Vaticano II, a Igreja inaugurou mais um ano temático de reflexões e iniciativas apostólicas, o chamado “Ano da fé” que findará na Solenidade de Cristo Rei de 2013.A fé é dom precioso de Deus que nos leva à Vida e devemos cuidar para que continue viva em nós e dando vida a todos os nossos projetos e obras. São Tiago em sua carta (cfr. Tg 2,14-26) nos exorta a perceber que o sinal irrenunciável da vitalidade da fé são as obras que provêm da fé.
A Voz do Pastor
Dom Edney Gouvêa Mattoso
A Voz do Pastor
Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.
Caros amigos, o mês de outubro é tradicionalmente dedicado ao tema das missões. Começamos este mês celebrando a memória de Santa Teresinha do Menino Jesus, padroeira das missões, e no dia 21 a Igreja celebrará a Jornada Missionária Mundial. Entretanto, é importante recordar que o fato de dedicarmos ao tema um mês de orações, reflexões e ajudas concretas não nos isenta da responsabilidade que temos de pregar o Evangelho também nos restantes 11 meses do calendário. Ser missionário não é uma questão de opção ou de chamado especial de Deus, mas é uma exigência básica de nosso batismo.
Caro leitor, aproxima-se o dia das eleições, e inspira-nos a palavra do Santo Padre, o papa Bento XVI, ao afirmar que a sociedade justa, sonhada por todos, “deve ser realizada também pela política” e que a Igreja “não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça” (Deus Caritas Est, 28).
Caros amigos, todos os anos, no mês de setembro, a Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB lança um estudo popular sobre um livro da Sagrada Escritura. Este ano, o livro estudado foi o Evangelho segundo Marcos, o mais curto dos quatro evangelhos.O Evangelho segundo Marcos é apresentado como uma proposta de caminho para o discípulo de Jesus Cristo.
Caros leitores, nos últimos meses concentrei meus esforços em um laborioso empreendimento, que consistiu em visitar os Vicariatos mais distantes da Sede de nossa Diocese de Nova Friburgo. Como Bispo Diocesano, procurei ir ao encontro de muitos fiéis com os quais, salvo raras ocasiões, teria oportunidade de me reunir. A esta empresa chamei “Governo Itinerante”.
Caros amigos, hoje dedico este espaço de reflexão à Ação de Graças a Deus pelos vinte cinco anos de sacerdócio, que completei no último dia 29 de agosto.
É comum, em ocasiões como estas, que as pessoas se aproximem dos “aniversariantes” e os felicitem pela feliz passagem de sua data comemorativa. Não questiono esta tradição, entretanto, minha experiência pessoal leva-me à contemplação, escuta e serviço.
Caros leitores, meditando sobre a vocação ao ministério ordenado, cito um expressivo texto do beato João Paulo II: “Qual é a história da minha vocação sacerdotal? A conhece sobretudo Deus. Na sua mais profunda dimensão, toda vocação sacerdotal é um grande mistério, é um dom que supera infinitamente o homem. Cada um de nós sacerdotes experimenta esta realidade durante toda a sua vida. Ante a grandeza deste dom, sentimos quanto indignos somos dele” (Dom e Mistério, cap.1).
Caros irmãos, todos os cristãos são “vocacionados”, ou seja, são chamados por Deus para uma missão específica no mundo, no meio de seus irmãos, os homens. E o requisito primeiro para o cumprimento desta missão é a escuta da voz de Deus que nos fala em sua palavra, pelos pastores da Igreja e nos acontecimentos do dia a dia, e, em segundo lugar, a coragem para dizer sim.
Caros amigos, em poucos “lugares” da criação Deus encontrou tanto material para revelar-se como na família. Ela é uma instituição natural que remete à bondade do Criador que nos fez para a comunhão e o amor, e não para o isolamento e o egoísmo.
Quando Deus revelou a verdade sobre sua própria Vida, se revelou como Pai, Filho e Espírito Santo, nomes com uma clara inspiração na família e que, ao mesmo tempo, superam todas as relações familiares, que tem na Trindade seu mais alto modelo e ideal.
Maria Santíssima, nossa mãe, é o tipo e a figura da Igreja, na ordem da fé, da caridade e da perfeita união com Cristo (cfr. LG, 63). Nela a Igreja contempla com grande esperança o termo de todos os seus esforços, aquela perfeição sem mancha e nem ruga que lhe é própria (cfr. Redemptoris Mater, 6).
A mulher, que aparece no Gênesis (cap. 3) e no Apocalipse (cap. 12), aponta para a Igreja, enquanto esposa do Cordeiro (cfr. Ap 21,9-27) e objeto da predileção divina, que tem em Maria Santíssima sua plenitude consumada.