O Lago Maggiore - 26 de abril 2011

Para aqueles que, como eu, viveram os anos 60, lá longe na memória existe uma música, um filme, um lugar que nos faz voltar no tempo e recordar. Foi isso o que fizemos nessa quinta feira, 14, quando saímos de Chambery com destino à cidade italiana de Stresa, situada às margens do lago Maggiore. Do alto da montanha, ao depararmos com o lago lá em baixo, vem à lembrança os acordes da música “Al di lá”, do filme Candelabro Italiano. Do tipo água com açúcar, apesar de ser considerado hoje um clássico, era um filme comum, com uma trilha sonora que fez sucesso na época, mas com paisagens muito bonitas do norte da Itália, entre elas a do lago em destaque:

Com 170 km de perímetro, 54 km de comprimento e 370 metros de profundidade, o lago Maggiore é um dos principais lagos alpinos e situa-se entre a Itália, que detém 80 % de sua superfície, e a Suíça, que tem os outros 20 %. Várias cidades desses dois países são banhadas por ele, sendo Stresa, da região do Piemonte, a mais importante do lado italiano.

Fundada no ano de 998, ela é uma cidade especial cercada pelos Alpes e seus picos com neve durante uma boa parte do ano; aliás no inverno é também uma estação de esqui. Ela satisfaz a todos, com várias trilhas de trekking para os amantes da caminhada, bons restaurantes que servem a famosa massa italiana acompanhada de seus vinhos deliciosos e uma vasta rede hoteleira com preços que variam dos mais acessíveis até os mais caros. Como ela é pequena, sua população não ultrapassa os cinco mil habitantes. O bom mesmo é esquecer o carro e fazer tudo a pé. Ela fica próxima das cidades italianas de Turim e Milão, servida por estradas muito boas e um ramal ferroviário.

A cidade tem ainda um serviço de transporte fluvial, que leva o turista para conhecer as suas três ilhas: Isolla dei Pescatori, Isolla Bella e Isolla Madre; todas são propriedades do príncipe Borromeo, descendente do cardeal Charles Borromeo, que viveu no século XVI e foi canonizado pelo papa Paulo V, no século XVII. A maior e mais importante é a Ilha Bela, que tem como construção mais importante o suntuoso palácio da família, onde Napoleão Bonaparte e sua esposa Josephine de Beauharnais dormiram uma noite. Em seu interior existe um jardim muito bonito, cheio de estátuas de figuras da mitologia e com várias espécies de flores exóticas adaptadas ao clima. Mas, por se tratar de um local turístico, está cheia de lojas de artesanato, bijuterias, objetos de arte da região, espalhadas pelas suas muitas ruelas, que dão um traço original ao local. Sem contar alguns restaurantes e pequenos bares onde podemos degustar peixes do próprio lago e a boa cerveja europeia.