Caros amigos, mais um ano se inicia e, com ele, se renovam nossas esperanças por um mundo de paz e fraternidade, onde toda a família humana possa gozar da dignidade de filhos e filhas de Deus, que se deve reconhecer em todos. A busca pela paz é um caminho que deve ser percorrido e construído ao mesmo tempo e por todos. Somos uma só comunidade que começou e terminará no amor misericordioso de nosso bom Deus. Por isso, devem-se instaurar relações de solidariedade e colaboração no seio da sociedade.
A Voz do Pastor
Dom Edney Gouvêa Mattoso
A Voz do Pastor
Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.
Caros amigos, todos acreditamos que algo no mundo precisa urgentemente ser mudado. Em todos os períodos históricos o homem sentiu interiormente esse apelo e teve a oportunidade de fazer a diferença por suas decisões. Também Nosso Senhor manifestou, através de palavras e atos, seu anseio por transformação, a começar pelo interior do homem “até os confins da terra” (Cfr. At 1, 8). Nos caminhos da história percebemos que o ser humano facilmente perde o rumo.
Caros amigos, aproxima-se o Natal. Na cidade, é notória a mobilização das pessoas: o clima natalino invade ruas e praças, as casas são enfeitadas de luzes e todos aguardam ansiosos a troca de presentes e o sonoro “Feliz Natal!”. 5Essas comemorações são legítimas quando expressam a alegria de nossos corações por nosso Pai ter-nos dado a salvação enviando-nos seu filho único.
Caros amigos, hoje, 12, celebramos Nossa Senhora de Guadalupe, que apareceu ao índio São Juan Diego, em 1531, no México. Nesta ocasião, quero fazer memória de nosso predecessor, recentemente adormecido no Senhor, Dom Rafael Llano Cifuentes, terceiro bispo da Diocese de Nova Friburgo, que tinha grande devoção pela Virgem de Guadalupe, belamente simbolizada em seu brasão episcopal pelo manto azul com doze estrelas douradas.
Caros amigos, na próxima sexta-feira, 8, a Igreja celebra a Imaculada Conceição, pois “a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante da sua Conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original” (Ineffabilis Deus, 41). Ou seja, pelos méritos de seu filho, Maria rompeu os laços do pecado e tornou-se, para todos os viventes, sinal luminoso de esperança e vitória sobre satanás e todo mal.
Caros amigos, na semana anterior meditamos sobre a vida eterna e percebemos que crer na ressurreição da carne coloca-nos em uma posição de grande responsabilidade ante o mundo em que vivemos. Continuando a reflexão, afirmamos que a crença na vida eterna não nega em hipótese alguma o valor da vida presente, nem se traduz em inatividade perante as injustiças.
Caros amigos, não faz muito tempo que dedicamos uma reflexão sobre a morte e seu valor para a fé. Neste artigo, voltamos ao tema para entender melhor a relação entre crer na ressurreição de Cristo e nossa vida, que caminha na esperança da vida eterna.
Cremos na vitória de Cristo sobre a morte e que ela foi alcançada para todos nós. Na cruz, Jesus transformou a finitude do ser humano em vida, abrindo-nos as portas da eternidade. Assim, a fé na ressurreição direciona nossa esperança: “Se morremos com Cristo, com ele viveremos” (cfr. 2Tm 2,11).
Queridos amigos, vivemos em um tempo de grande contradição aos conselhos evangélicos. A todo instante somos agredidos com notícias de corrupção e de abusos na administração pública. O Brasil é um país no qual a pobreza extrema voltou a crescer em contraposição às enormes cifras desviadas pelos esquemas fraudulentos e salários exorbitantes que poucos recebem.
Caros amigos, iniciamos o mês de novembro, que encontra sua tônica espiritual na solenidade de Todos os Santos e na comemoração de Todos os Fiéis Defuntos. Iluminados pela fé, podemos encontrar nestas cerimônias o sentido pleno da alegria da comunhão dos santos e das lágrimas da saudade.
Caros amigos, a arte é uma das expressões mais sublimes da cultura humana. Poderíamos dizer, inclusive, que na arte o homem “põe o seu coração”, ou seja, aquilo que pode encontrar de mais belo e verdadeiro no seu interior. Por isso, ela nos emudece por um instante e muda algo dentro de nós, confronta-nos, questiona-nos e fala-nos.