Nessas idas e vindas que a vida me faz dar, lembro de um dia em que cheguei em Friburgo e fui à rua com minha mãe. Eu estava com uma calça na altura da canela, uma camisa social branca, um lenço no pulso e outro amarrado na cabeça. Um par de Havaianas, uma bolsa-sacola gigante a tiracolo. Caminhamos naturalmente pela rua — bom, naturalmente para nós, pois os demais transeuntes estavam assustadíssimos comigo. E eu só me dei conta disso quando um amigo gay me perguntou se eu andava sempre com minha mãe na rua daquele jeito. Ele estava espantadíssimo! Imagine essa cena há 20 anos atrás.