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Cidade vazia
Cidade vazia
Última sexta do ano, último fim de semana e o sentimento de cidade fantasma. Após o Natal, muitos bares e restaurantes dão férias coletivas e ficam fechados. A falta de opções para quem gosta dos programas nesses espaços aumenta a freguesia de quem mantém seu estabelecimento aberto, ganhando um movimento extra.
Nem todos viajam
Engana-se quem acha que todo friburguense se dirige às cidades praianas. Óbvio que é uma tradição difícil de competir. Ano novo e praia são quase sinônimos. Mas há quem queira fugir das filas, trânsito e multidões. Turistas, ainda que poucos, e alguns friburguenses que, por escolha ou necessidade, ficam na cidade mesmo, são públicos em potencial.
Cadê o trânsito?
Aliás, já é perceptível a tranquilidade nas ruas, ainda mais evidente no trânsito. Se aquela confusão fica latente nas vésperas do Natal, difícil é ver congestionamento nos pontos de problemas cotidianos. Sinal de que muita gente viajou mesmo e quase ninguém veio.
Temos cachoeiras
Se não há praia, Nova Friburgo tem, para além da tranquilidade, cachoeiras. Com as chuvas de verão mais fortes que no ano passado, todo cuidado é pouco com as tormentas. Ainda que Nova Friburgo não possua cachoeiras grandes que ofereçam maiores riscos, a força da água nas cabeceiras pode surpreender os desavisados.
Festival de Verão
Se temos cachoeiras em substituição às praias, faltam eventos de fim de ano. Em janeiro, igualmente. Fica o exemplo bem sucedido, ainda que não seja mais realizado, do Festival de Jazz de Rio das Ostras. Foi a alternativa encontrada pela cidade litorânea durante o inverno, quando, naturalmente, fica pouca atrativa. Nova Friburgo poderia realizar um Festival de Verão.
Força dos mandantes
Se a lógica da 1ª rodada da seletiva se confirmar, a competição tem tudo para ficar embolada. Qual a lógica? Vitória dos mandantes. Todos que jogaram em casa venceram e por mais de dois gols de diferença. Em torneio curto e equilibrado, o saldo de gols pode definir.
Vantagem tricolor
Prevalecendo o fator casa, dado fundamental é a quantidade de partidas que cada time tem sob seu domínio. Friburguense, Nova Iguaçu e Macaé tem três jogos em casa contra dois de América, Americano e Portuguesa. Agravante para o Americano é que o time não joga em seu estádio, nem na sua cidade. Manda as partidas em Cardoso Moreira.
Vamos ao estádio!!!
O Friburguense faz a 1ª de três partidas em casa neste domingo, 29, 15h. Vencer ou vencer. Parece exagero, mas é assim em uma competição em que cada time só faz cinco partidas. A matemática continua a mesma: com 10 pontos, um time deve garantir classificação, podendo ser definida no saldo de gols.
Bons resultados
A favor do Frizão há o retrospecto em Nova Friburgo. Pela segundona deste ano, foram seis vitórias e quatro empates nas dez partidas realizadas em casa: 15 gols marcados e apenas cinco sofridos. Aproveitamento de 70%. Mas na seletiva, o empate não é uma alternativa. Reafirma-se o vencer ou vencer.
Dar o troco
Para além de cada partida ser uma decisão, pesa no confronto com a Portuguesa a rivalidade surgida após a manobra política com disfarce de justiça ter tirado o título do Friburguense de campeão da Copa Rio, em 2016. A Lusa atuou nos bastidores para ficar com o caneco, após ser derrotada em campo. Que esse histórico triplique a motivação da torcida e dos jogadores por uma contundente vitória.
Palavreando
“Eu vejo o homem cavar com a sua enxada os paralelos da rua fria. Eu vejo a terra voar em sangue frio a sua agonia. Eu vejo o copo de cerveja na cerâmica de quem senta nos seus calafrios. Mas, mais importante do que vejo é o que sinto. Eu sinto esperança na construção. Eu sinto orgulho da semente que rompe o asfalto e dá flor. Eu sinto alegria na sobriedade de quem não espera para dizer eu te amo”.
Wanderson Nogueira
Observatório
Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.
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