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Um fim de semana quente em Chanteloup-les-Vignes
Faltando menos de duas semanas para retornar ao Brasil, faço uma constatação, a qual observo já há algum tempo e costumo comentar com muitos franceses, quer eles gostem ou não. A França é o Brasil de amanhã, pois esse besteirol de liberdade, igualdade, fraternidade é muito bonito, desde que não seja levado ao pé da letra. Como todo governo socialista, uma parte da população trabalha arduamente, para sustentar um bando de parasitas. Claro que o francês não fala isso abertamente, mas numa conversa franca se mostra incomodado com a política governamental de prestar ajuda aos imigrantes das ex-colônias francesas na África e no Oriente Médio.
Eles chegam aqui em busca de uma vida melhor, recebem incentivos monetários e habitacionais, do governo, na maioria das vezes uma soma em dinheiro que desestimula a procura por um emprego fixo. Muitos são sabedores de que ao terem filhos, em solo francês, recebem uma soma mensal por criança (em torno de 300 euros por cabeça) o que estimula, em muito, o crescer e multiplicar. Aos trancos e barrancos, a outrora nação que encantava por sua cultura e belezas naturais caminha para se igualar a qualquer nação do terceiro mundo.
Semana passada, o país foi sacudido por uma agitação típica das republiquetas terceiro mundistas, onde se incluem as nações sul americanas. Em Chanteloup-les-Vignes, no departamento de Yvelines, próximo a Versalhes, um espaço cultural erguido ao preço de 800 mil euros, foi incendiado por jovens revoltados. A insatisfação, na realidade, tinha o dedo do submundo do tráfico, preocupado com a disposição da prefeitura da cidade em melhorar a imagem do local e oferecer à população, alternativas em prol da cultura, principalmente dos jovens e criar mais um espaço de lazer saudável, além da tentativa de humanizar todos os bairros da cidade.
No entanto, de acordo com a prefeita de Chanteloup, os autores são um bando muito bem organizado de baderneiros, que decidiram causar estragos em equipamentos públicos, numa tentativa de desestabilizar uma cidade que tenta melhorar sua imagem. As ações foram bem coordenadas, pois no início colocaram fogo em latas de lixo para atraírem a atenção da polícia e dos bombeiros. Quando esses chegaram, foram atacados com coquetéis molotov, pedras e outros objetos; nesse momento, o Arche, construído com estrutura em metal e cobertura de lona, foi incendiado. Era o local utilizado como circo, teatro e espaço cultural.
Isso lembra em muito os incêndios no transporte público, em Fortaleza, no Ceará, comandado de dentro do presídio da cidade, por ordem da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e outras agremiações criminosas. Tais atos de vandalismo aconteceram em várias cidades do nordeste e sul do Brasil, o que traz enormes prejuízos à imagem do país lá fora. No entanto, é o crime organizado mostrando seu poderio e desafiando a ordem pública.
Nós temos o programa Bolsa Família que pelo menos corre em socorro da população brasileira situada abaixo da linha da pobreza. Mesmo assim, no governo socialista que se foi, muitos se aproveitaram da situação, com pessoas sem o menor escrúpulo recebendo tal benefício, de forma fraudulenta. Mas, quem arcava com as despesas não era o governo e sim os pagadores de impostos, daí nada ter sido feito. Bastou o início de um governo sério, para que as arestas fossem aparadas e os vícios corrigidos.
Hoje o Bolsa Família é uma ajuda mais justa e enxuta, mesmo com os inimigos do presidente Jair Bolsonaro, durante a campanha eleitoral, espalhando que o capitão ia acabar com o programa. Não acabou, como instituiu o décimo terceiro pagamento, para desespero de seus inimigos.
Caminhamos para o fim de uma era, pois com a classe política que existe no mundo inteiro, seja de primeiro, segundo ou terceiro mundo, não haverá dinheiro disponível para pagar a conta. Basta ver que os sistemas previdenciários de todo o planeta acumulam déficits em ascensão e a dívida pública de todos cada vez aumenta mais.
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
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