Parabéns, Nova Friburgo!

Hoje, vou escrever sobre a minha participação na comemoração do aniversário dos 200 anos da cidade de Nova Friburgo, ao desfilar na Avenida Alberto Braune, no dia 16 de maio. Foi uma emoção representar a Academia Friburguense de Letras na história da cidade, ou melhor, de trazer, ao lado de acadêmicos e amigos, a literatura e a cultura aos festejos.

Por assim ser, vou relatar meu sentimento de orgulho e de pertencimento que tomaram conta de mim, que invadiram minha alma e abraçaram meu pensamento. A começar, pela honra que senti ao conduzir a Bandeira do Brasil à frente da ala da Academia, decorrente das experiências de vida que tive como acadêmica e cidadã; o que me fez reforçar o compromisso que tenho com a literatura, como escritora e como pessoa que fomenta valores. Fazer literatura é um ato de humanidade e de cidadania, uma vez que resulta da responsabilidade que embasa a arte contida em cada palavra, em cada ideia contida no texto, em toda beleza da obra literária.

Caminhar sobre os paralelepípedos da Avenida Alberto Braune ainda me causou alegria ao ver as pessoas nas calçadas, aplaudindo a Academia. O que me fez constatar que a Casa de Salusse é significativa para povo friburguense por ser um lugar de convivência, onde a história é preservada, o escritor é acolhido e os livros são valorizados.

Foram quarenta minutos em que a sensibilidade me aflorou na pele. Da mesma forma que o sol forte esquentava meu sangue, meus olhos viram a cidade sendo reverenciada por todos. Não notei semblantes tristes nos que estavam desfilando e nos que estava assistindo o cortejo das várias entidades representativas da cidade; do comercio à agricultura, das escolas às entidades culturais, como a nossa, saudavam nossa cidade, tão bem localizada na Serra do Mar e espalhada entre vales e florestas, cortada por rios e riachos. Que homenageavam, a cada passo, nosso lugar, tão especial, considerado por JG de Araújo Jorge uma parada a caminho do céu.

Eu estava entre as mais de doze mil pessoas que, através de gestos atenciosos, expressavam respeito por milhares de pessoas, oriundas de povos diferentes, que, no passado, construíram este lugar com suor, coragem e esperança. Que deram seu sangue e sua vida por ideais a serem realizados nesta terra encravada nas montanhas.

Senti-me honrada de ter a certeza de que eu, também, ao lado de tantos amigos, estar reunindo meus melhores esforços para construir o presente de Nova Friburgo, aprofundando, inclusive, seu caráter literário.