Socióloga alemã fala sobre ideologia de gênero

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Gabriele Kuby, 62 anos, é uma socióloga, autora de livros como Gender Revolution e The Global Sexual Revolution, é pesquisadora e crê que a agenda LGBT tem suscitado um novo tipo de intolerância que classifica de homofóbico qualquer pessoa que discorde deste grupo. Ela é divorciada, tem três filhos e recebeu elogios do papa Bento XVI por ser uma guerreira que batalha contra ideologias destrutivas do ser humano.

Nossa sociedade tem se tornado hipersexualizada e, segundo esta socióloga, a indústria do entretenimento tem exercido forte influência nesse aspecto. E ela comenta que pior do que a exploração do sexo em filmes, é “a sexualização precoce das crianças imposta pelo governo nas políticas de educação voltadas para creches e escolas.”

Sobre pornografia ela relata que no Google estão indexadas 1,64 bilhão de páginas em inglês com conteúdo erótico. Um em cada quatro internautas consome pornografia. E diz: “Esse é um negócio mundial. Uma fábrica de dinheiro que se sustenta a partir do hábito de um usuário que se torna escravo de uma sexualidade solitária que nunca satisfaz. Algo extremamente viciante, que coloca a pessoa num terreno escorregadio e que pode levá-la à criminalidade sexual.”

E a socióloga mostra o contraste espantoso que existe no sentido de nossa sociedade ter capacidade tecnológica sem precedentes, mas acompanhada por uma fraqueza moral também sem precedentes. Para ela, “esquecemos de como distinguir entre o bem e o mal e fazer o uso correto da nossa liberdade.”

Em 2006 ela publicou o livro Gender Revolution (Revolução do Gênero), no qual explica que a ideologia de gênero tem muitos precursores, tais como Friedrich Engels, Simone de Beauvoir, Wilhelm Reich, Alfred Kinsey e os filósofos Adorno e Horkheimer, entre outros. Sua ideia é que a base filosófica para a ideologia do gênero é o marxismo. Diz ela: “Friedrich Engels afirmava que o primeiro conflito de classes era ‘o antagonismo entre o homem e a mulher’. E, para que ele fosse superado, a família tradicional deveria ser abolida. Essa é a base e o objetivo do generismo.”

Em suas pesquisas sobre países que possibilitam que seus cidadãos se apresentem como sendo de um terceiro gênero, ela acredita que “é uma revolução de cima para baixo, em que as principais organizações internacionais ligadas à ONU e à União Europeia estão forçando o governo americano e o restante do mundo. Ban Ki-moon, secretário geral da ONU, referiu-se recentemente a isso como sua ‘missão sagrada’: forçar a adoção dos direitos da população LGBT, ainda que a maioria dos países não concordem.”

Para ela os reflexos culturais disto são destrutivos. E explica: “Em sua obra Sex and Culture (Oxford, 1934), o antropólogo inglês J. D. Unwin mencionou que normas sexuais elevadas levam a uma cultura elevada: virgindade antes do casamento e monogamia, por exemplo. Isso pode ser facilmente confirmado, pois essas normas sexuais restritivas são o pré-requisito para a estabilidade familiar. Se a família é destruída, aquela cultura mergulha num caos social. Isso suscita um novo totalitarismo.” E como prejuízos pessoais, Gabriele afirma que com o abuso político da linguagem, uma marca dos regimes totalitários, se investe nas crianças, tentando interferir nos direitos dos pais quanto à educação sexual dos filhos.”

Em seu livro The Global Sexual Revolution (Revolução Sexual Global), a socióloga alemã fala da destruição da liberdade em nome da liberdade. E explica: “O extermínio de quase toda norma moral da sexualidade nos é vendido como “liberdade” ou “libertação”. Mas um ser humano que não é capaz de controlar seu apetite sexual se torna escravo desse impulso. Hoje, são impostos padrões hedonistas de sexualidade. Isso produz caos social e favorece estruturas totalitárias. Por isso, é fundamental distinguir entre as formas de sexualidade que favorecem o casamento, a família e dão testemunho da vida e aquelas que são contrárias a isso.”

Ela adverte sobre um tipo de jornalismo estigmatizador que tem como alvo a segregação e a destruição do caráter. E, como cristã, diz que os cristãos devem “odiar o pecado e amar o pecador. Por trás da agressão cultural se encontram pessoas com histórias dolorosas.”

Fonte: Revista Adventista, Junho 2016. http://acervo.revistaadventista.com.br/cpbreader.cpb?ed=2369&s=1348522566

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César Vasconcelos de Souza

Cesar Vasconcellos de Souza

Saúde Mental e Você

O psiquiatra César Vasconcellos assina a coluna Saúde Mental e Você, publicada às quintas, dedicada a apresentar esclarecimentos sobre determinadas questões da saúde psíquica e sua relação no convívio entre outro indivíduos.

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