O 13 de maio que nunca chegou

sexta-feira, 11 de maio de 2018

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Em 11 de maio de 1981, a lenda do reggae Bob Marley morreu aos 36 anos, em Miami Beach, na Flórida, em decorrência de um câncer que começou com uma ferida no pé.

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Palavreando

O meu nunca, dura uma semana, e o meu sempre, não passa de um mês.

O 13 de maio que nunca chegou

O que me vem à cabeça é o belo e histórico samba da Paraísos do Tuiuti que canta que “assim, quando a lei foi assinada uma lua atordoada assistiu fogos no céu, áurea feito o ouro da bandeira fui rezar na cachoeira contra a bondade cruel”. A bondade cruel de todas as revoluções deste país. Nunca pelo povo ou para o povo ainda que se diga que é por ele e para ele.

A abolição foi um acordão promovido pela elite, não pela vergonha internacional, mas porque era um bom negócio. A vida dos brasileiros é um negócio e infelizmente ainda é. A vergonha por ser o último país do mundo a acabar com a escravidão é infindável e só será possível ter fim quando, de fato, houver medidas de correção para a ferida que continua aberta.

É preciso corrigir o ponto de vista da história. É fundamental manter viva a memória. É essencial aprofundar o debate sobre a construção cultural e social brasileira no prisma de que o bojo não é o descobrimento, mas a escravidão. Essa defesa de vários pensadores deve tomar a sociedade como um todo. É um desafio obrigatório para se olhar no próprio espelho.Não há legitimidade na liberdade sem igualdade. Liberdade sem igualdade não é, portanto, liberdade.

Que o verdadeiro 13 de maio surja enfim, sabendo que seu desdobramento é extenso. A dívida com os negros é enorme. Ainda que pareça difícil corrigir o incorrigível, é necessário começar de algum ponto. O cativeiro social não só persiste, como está bem à vista de todos nós. Renegar o que se vê é uma escolha que não podemos continuar fazendo.      

Foto da galeria
O projeto Arena Mulher traz pela primeira vez a Nova Friburgo a escritora Martha Medeiros. O evento que acontecerá no próximo dia 18, às 19h, no Country Clube, é também a primeira edição do projeto. O formato será talk show e é uma iniciativa da Comunicanti Produções liderada pelos friburguenses Flávia Cavalcanti e Phillipe Lontra. A entrada no evento será possível através da compra do ingresso somada a entrega de alimentos não perecíveis à Associação das Mulheres Mastectomizadas (Amma). Outras informações: contatoarenamulher@gmail.com
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Wanderson Nogueira

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.

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