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Não são as figurinhas, mas o que elas proporcionam
Hoje é dia
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O dia
Em 27 de abril de 1521, o navegador Fernão de Magalhães morreu aos 41 anos em uma batalha contra nativos nas Filipinas, durante sua expedição de circum-navegação do globo terrestre.
Observando...
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Palavreando
Talvez sejamos todos desconhecidos. Que nos apresentemos uns aos outros, que nos apresentemos ao destino e a Deus e ao mundo e a vida!
Não são as figurinhas, mas o que elas proporcionam
Antes mesmo do momento em que o homem passou a fazer gravuras nas paredes das cavernas, já existia, instintivamente, seu fascínio pelas artes e por colecionar figuras e objetos. O homem é, portanto, um colecionador por natureza.
Resolvi escrever esse artigo após dar uma entrevista sobre o tema à famosa revista piaui. Entrevistado, me peguei como se estivesse numa sessão de psicanálise descobrindo sobre eu mesmo. A febre da coleção de figurinhas da Copa traz uma série de reflexões que se encontram em estudos de antropologia, sociologia e quiçá de filosofia. Vale monografia.
O natural fascínio do homem por coleções remonta a afirmação de que esse hábito não tem idade. Vale para crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. Para além disso há toda memória afetiva desse desafio gostoso.
Analisando o tempo do agora, lições importantes nos invadem. Em momento de crise, o empreendedorismo de pessoas que fazem da troca um negócio. A figura do ambulante, ao invés de vigiada por setores de ordem urbana, deveria ser observada como qualidade do brasileiro de se reinventar e se virar como pode.
A troca de figurinhas une não só gerações, mas até contrários. Nesse instante de polarização e acirramento de rixas ideológicos, a chatice de tudo se discutir vira diálogo para conseguir a figura que falta de um para o outro. Veja, a coleção ensina a possibilidade real de uma sociedade colaborativa. Para completar o álbum, você precisa do outro e o outro de você. A não ser que queira depender da sorte e/ou dispor de altas quantias.
Estudos matemáticos sobre o álbum desse ano, com seus 682 cromos, indicam que uma pessoa que não queira a deliciosa experiência de trocar as repetidas, gaste pouco mais de R$ 3 mil para completar a coleção. Enquanto isso, quem troca as repetidas num círculo de 20 pessoas gaste seis vezes menos. Portanto, mais do que colecionar, está a colaboração, a troca.
No mais, há que se comemorar as pessoas saírem das redes sociais para ocuparem praças, esquinas e até espaços no trabalho para socializar. Se ver. É mais do que a troca de figurinhas, é essência humana, é troca, é colaboração, são relações humanas e memória afetiva de se retornar a ser criança.
Eu já completei o meu álbum, mas confesso que dá até vontade de fazer outro pelo simples prazer de viver esse instante em tempos de patéticas rivalidades, desapego à coletividade e desconstrução. Portanto, não são as figurinhas, mas o que elas proporcionam.
Padronização das placas dos veículos
Os atuais proprietários de veículos não serão obrigados a trocar as placas pelo novo modelo adotado no Mercosul, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. A resolução do Conselho Nacional de Trânsito, que está sendo revista, obrigava a troca até o final de 2023.
Obrigatoriedade só no ato de transferência
A nova resolução, ainda não publicada, tornará a nova placa obrigatória apenas nas transferências de veículos usados e na compra de carros novos. A placa terá itens de segurança que permitirão a rastreabilidade dos carros por meio de QR code e chip, impedindo também a clonagem. A nova placa terá um valor menor que a antiga, que hoje custa entre R$ 150 e R$ 200, o par.
Canal verde
A nova placa vai permitir uma maior efetividade do chamado “canal verde”, que é um sistema que permite o controle de pessoas e cargas por meio de postos com antenas de rádio frequência. A medida melhora a fiscalização, evitando a parada dos caminhões, por exemplo. A placa terá o mesmo desenho em todos os países do Mercosul com quatro letras e três números em fundo branco. No Brasil, selos identificarão o estado e o município.
Wanderson Nogueira
Observatório
Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.
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