Na semana do samba, ouçam o samba enredo da Paraíso do Tuiuti, do Rio

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

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O dia

Em 30 de novembro de 1872 acontecia a primeira partida de futebol entre seleções na história. Inglaterra e Escócia empataram em 0 a 0.

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Palavreando

O que é que eu faço agora que me deixei levar e já ouço os gritos que estavam aquietados nas paredes do meu coração?

Na semana do samba, ouçam o samba enredo da Paraíso do Tuiuti, do Rio

Meu Deus! Meu Deus!

Se eu chorar não leve a mal

Pela luz do candeeiro

Liberte o cativeiro social

A escravidão acabou? Na letra fria, sim. Mas o cativeiro social prossegue. É o que grita o belíssimo samba da escola carioca Paraíso do Tuiuti. Geralmente, não damos a devida atenção aos sambas das escolas menos tradicionais. Aqueles que ficam nas faixas finais do álbum com os sambas das escolas de samba. Álbum, inclusive, já disponível nas lojas e nas plataformas de streeming.

Já havia falado aqui da ótima safra para 2018. A perseguição do atual governo carioca tem seu lado positivo. Devolveu o samba às suas origens: a resistência. Presente em boa parte dos sambas, essa resistência traz também o sentimento da exaltação dessas raízes que se desprenderam do sentimento de brasilidade. É um resgate urgente e necessário. Uma resposta atrasada ao tempo, quando deveria essa brasilidade estar conduzindo os dias. O samba reacende esperanças de reencontro.

Ressaltei os sambas da Beija-Flor e da Mangueira. Com destaques também para Salgueiro e Portela. Mas ao ouvir o samba da Paraíso do Tuiuti me emocionei já nos primeiros versos e me encantei em toda sua bela letra e melodia. Uma aula, uma reflexão profunda que questiona e nos leva a pensar. Causa comoção. Mesmo quem não gosta de carnaval, mesmo quem não gosta de samba-enredo deveria ouvir a composição de Cláudio Russo, Moacyr Luz, Dona Zezé, Jurandir e Aníbal.   

Não sou escravo de nenhum senhor

Meu Paraíso é meu bastião

Meu Tuiuti o quilombo da favela

É sentinela da libertação

Frota da PM

A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro está com mais de mil veículos fora de operação, número que é quase 40% da frota. Por isso, o comando da corporação espera pela aquisição de 770 veículos. A licitação estava marcada para o último dia 24, mas foi adiada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Não há nova data marcada.

Adiamento da compra

O valor estimado é de R$ 66.323.853. O TCE quer que o governo do estado mude pontos do edital, como a revisão do orçamento que foi estimado para a troca. O TCE quer ainda que se amplie as "pesquisas de mercado com empresas especializadas em diversas praças”. Mesmo com pressa de recompor a frota, serão mais 30 dias para o estado informar sobre o cumprimento das determinações.

Frota depredada e parada

A polícia pretende a renovação de 530 radiopatrulhas. Em relação aos patamos, o objetivo é renovar 170 de um total de 511 em atividade. Já em relação aos veículos reservados sedan, a PM quer adquirir 50. No relato da corporação ao tribunal, há ênfase na crise financeira do estado, que fez os contratos de manutenção dos veículos serem suspensos. Esse encargo ficou com os batalhões que sofrem com a limitação financeira, não possuindo condições de manter as viaturas em condições de rodar.

Sem empréstimo, sem salário

A novela continua e o bolso dos servidores públicos permanece vazio. O empréstimo de R$ 2,9 bilhões para o governo do Estado do Rio quitar os salários atrasados continua sem vias de sair. A minuta do termo foi modificada atendendo a pedido da Secretaria do Tesouro Nacional. No entanto, ainda não há data para o contrato ser assinado. Como a União é garantidora do financiamento, é preciso que ela assine um termo antes de outra minuta. A promessa de quitar salários, nessa semana, portanto, é cada vez mais impossível.

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Wanderson Nogueira

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.

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