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Cidade das trovas, das flores e das estrelas
Cidade das trovas, das flores e das estrelas. Nova Friburgo não é só uma, 199 ou 200. É tudo isso e muito mais. Não queiram defini-la como uma coisa só. É múltipla. Plural. Dinâmica. E seu dinamismo é que a faz ser Nova Friburgo.
Há poesia sobre ela que se possa sublinhar, mas nenhuma existe ou existirá que possa resumi-la ou explicá-la. Amores assim dispensam tese, dissertação e entendimentos. Mas compreenda que Nova Friburgo é essa gana em despertar das montanhas e aguçar curiosidade no saber que enfeita o sol.
No seu frio que faz sair vaporzinho no bocejo cotidiano, não dá para passar por ela sem se deparar com exclusividades que só vê quem a conhece. Assim, luar de serra faz mar de sonhos e oceano de encantos. Se encanta e canta. Bendito seja, Benito é!
Deus estava muito inspirado quando desenhou suas montanhas, adicionou suas cores e fez se respingar em seus rios e lagos. Deus estava encantado quando pincelou o quadro Nova Friburgo - sua Monalisa, sua mais divina criação. Na tela de seus devaneios, Deus descobriu-se pecador ao dar a um lugar tanta luxúria e gula de viver.
Do homem vieram as combinações de temperos. No mergulhar de seus sabores se fez trova, se vestiu de flores, se iluminou de amores semeados nas estrelas e frutíferos no seu chão de prazeres. Criativa, inventiva, artista no solo do palco ou no cimento de suas fábricas. Produz beleza criativa de forma incessante. Nova Friburgo imperiosa, real quando reconhecida em suas fantasias. Centro do Estado, meio de muitos meios que levam a conclusão de ser nova por natureza e Friburgo por devoção. Reconhecendo sua história, mas com vocação permanente de reinvenção.
Jardim secreto plantado no alto, cercado pela Mata Atlântica. Um parque suspenso no céu onde as estrelas passeiam por nós e podemos chamá-las para dançar. Escolhe a Sirius para a valsa, Arcturus para sambar ou Prócion para apenas parar e ouvir a Campesina e a Euterpe tocar. Dançar e sonhar com as estrelas intergalácticas e de repente redescobrir sonhos e novos sonhos que fazem fila no mosaico de friburguenses que agem e movidos pela paixão transformam esse lugar que amamos cada vez mais.
Colhe uma flor dos canteiros que margeiam suas cascatas de luz. Cores que colorem nossos olhos que brilham num coração saltitante que entre o comprimir e exprimir cantam Nova Friburgo. E cantamos a Cidade das Estrelas do marcante maio de cerveja ao setembro das flores que dão o ano todo ao sol de dezembro que silhueta suas cachoeiras ao fevereiro de seus carnavais.
Aqui as estrelas passeiam entre nós
Nos convidando a dançar
E nos seus vales cascatas de luz
Sua beleza me seduz
Parada de um caminho a caminho do céu
Suspiram a saudade, o ciúme o e amor
Na fonte renova a esperança
Palavras de um trovador
Sublimes sabores
Cidade das flores
Amores ao luar
Num canto Benito
Homem da montanha eu sou
Friburgo é paz
Nova Friburgo me faz
Friburgo me encanta e me acolhe
Impossível é te esquecer
Sua gente feliz e valente
É quem te faz renascer
Nossa deliciosa tarefa de se reconhecer nessa história de futuro segue. Seguimos pelos versos de sua poesia impossível de traduzir em palavras para se inspirar em torná-la cada vez mais nova, Nova Friburgo do jeitinho que a gente quer, da maneira que a gente merece. De gente com flores nos braços, trovas no peito e estrelas na alma.
Wanderson Nogueira
Observatório
Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.
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