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É na aposentadoria que vamos passar o resto de nossas vidas
Uma das grandes preocupações de todas as pessoas, mulheres e homens, que já estão na faixa dos quarenta anos para frente é com a aposentadoria. Ainda mais agora, que se discute este assunto em todos os meios de comunicação, em todos os pontos de encontro e até mesmo nos locais de trabalho. Tem gente que tem uma certa folga na sua renda mensal, que já pensa em fazer uma pequena poupança para os filhos, com a ideia de pagar lá na frente uma faculdade particular se for preciso. O sonho de todos os cidadãos e cidadãs brasileiras é poder ter uma velhice com algum conforto, o que é mais do que normal. E este desejo é, com toda certeza, um fato que ocorre em todo o mundo.
Ninguém ignora que, com uma idade avançada, as pessoas perdem muito de sua força física e de sua capacidade de trabalhar, passando a depender completamente da renda da aposentadoria. Uma pergunta que todos fazem, então, é a seguinte: como vou conseguir viver com o que vou passar a receber ao parar de trabalhar? Porque enquanto a pessoa ainda tem vontade e disposição física para permanecer no mercado de trabalho, ela consegue manter uma renda mensal melhor, mas que certamente vai diminuir quando ela parar definitivamente de trabalhar. Hoje esta preocupação aumenta na medida em que se vive mais tempo do que nossos pais e avós. Se na época deles se trabalhava 30 a 35 anos e se aposentava, permanecendo nesta condição de aposentado por 20 a 30 anos, hoje, depois que se retiram do mercado de trabalho, as pessoas ainda permanecem 30 até 40 anos vivendo daquela aposentadoria.
Hoje, no Brasil, o número de mulheres e homens com mais de 80 anos e ainda com boa saúde é muito grande e, segundo as estatísticas, será ainda maior. Muitos jovens que trabalham por conta própria, mesmo podendo contribuir pelo mínimo possível, não o fazem. Conheço pessoas que, mesmo podendo, não estimulam sua esposa a contribuir para a aposentadoria, pois a mesma apesar de trabalhar em casa realizando alguma atividade remunerada não se preocupa com o futuro, deixando passar um tempo que vão lamentar na velhice. Quem viver uma longa vida, e desejo que todos a vivam com boa saúde física e mental, vai entender a importância destes detalhes que hoje podem passar despercebidos no meio do alvoroço do dia a dia. Façam por onde conseguir!
Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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