Para a mulher friburguense

segunda-feira, 06 de março de 2017

Comemoramos neste dia 8 de março uma data da maior importância: o dia internacional da mulher. O dia 8 foi escolhido por marcar uma ocasião de uma tragédia ocorrida numa grande cidade dos Estados Unidos, numa reivindicação das mais justas da parte das operárias da fábrica de roupas, mal comparando seria como uma grande confecção das atuais. A grande diferença é que naquela época as pessoas trabalhavam 12 horas por dia, e aquelas mulheres apenas reivindicavam a redução de uma única hora da jornada diária. Movidos por uma sensação de real impunidade e sentindo-se os Todo-Poderosos, conforme as diferenças sociais vigentes naqueles tempos, mandaram que fossem fechadas as portas do prédio e que se ateasse fogo no mesmo. O resultado, já se pode adivinhar, foi a morte de todas aquelas mulheres. A indignação que foi se espalhando pouco a pouco por todo o país, fez com que começassem a se organizar grupos de reação e luta, os quais com o apoio de diferentes setores da sociedade norte-americana, foram se tornando cada vez mais fortes e atuantes, chegando aos dias atuais com muito mais poder de reivindicação e com conquistas que naquela época eram impensáveis.

Das antigas mulheres ditas “do lar” ou “prendas domésticas”, anotados em seus documentos de identidade, chegamos hoje a uma mudança gigantesca na grade social brasileira. Mulheres já são maioria em muitas áreas profissionais e em muito pouco tempo também vão dominar numericamente outros importantes campos de atividade. Podemos citar a medicina e o judiciário como os mais destacados. Vemos também campos que eram absolutamente dominados pelos homens, como o dos delegados de polícia e oficiais das Forças Armadas e da polícia. Grandes empresas, de diversos setores da economia, assim como grandes bancos já apresentam em suas diretorias mulheres nos cargos de chefia.

Um campo importante na vida da nação, que ainda sente a falta da presença feminina, é a política, em todas as esferas municipal, estadual e federal. Segundo as estatísticas da Previdência Social brasileira, apesar de trabalharem mais horas por dia que os homens, por causa da chamada dupla jornada, quando após chegarem do serviço fora da casa dão início aos cuidados da família e da residência, onde se incluem a preparação da comida, o cuidado com filhos e outras atividades. Mas, apesar de tudo isto, vivem em média mais sete anos que seus maridos, e uma das razões é que se cuidam mais, são mais disciplinadas com os cuidados com sua saúde e possuem hábitos de vida mais saudáveis. A coluna deixa aqui sua mais afetuosa e justa homenagem. A você, mulher friburguense, um feliz 8 de março.  

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Dr. Norberto Louback Rocha

Dr. Norberto Louback Rocha

A Saúde da Mulher

O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.

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