Eu queria escrever para...

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Eu queria escrever para aqueles que criticam a contratação de Montillo. São os mesmos que exaltam Conca, que chega machucado do lado de lá. Montillo está em boas condições físicas e vem de temporadas melhores do que o compatriota na China. Eles esquecem que a camisa sete do Glorioso é mágica!

Eu queria escrever para aqueles que reportaram a “quantidade pequena” (disseram eles) de torcedores do Botafogo para receber Montillo no aeroporto. Foram os mesmos que falaram em “grande festa” na recepção de Conca. Não há muita diferença na quantidade de torcedores em ambas as recepções. Também não fizeram o devido reconhecimento à quantidade significativa e à festa na apresentação oficial de Montillo, em uma quarta-feira à tarde. Se fosse do outro lado...

Eu queria escrever para quem insiste em colocar o Camilo no Palmeiras, no Santos... Ou em qualquer outro clube. Nos próximos dias, provavelmente, irão inventar outras possibilidades para tentar corrigir o “erro” da especulação. Não adianta. Camilo é o camisa 10 do Botafogo em 2017, pelo menos até o momento em que depositarem 12 milhões de reais na conta do alvinegro. Dificilmente vai acontecer.

Eu queria escrever para quem tentou criar uma desavença entre Botafogo e Victor Luis, quando as negociações ainda não estavam encerradas. O Victor entendeu o que é vestir o número 6 de Nilton Santos. Não existe outra camisa 6 que sequer chegue perto da história e do peso desta. E até segunda ordem ela será usada por Victor Luis em 2017. Seja por negociação do presidente, do Lopes ou de quem quer que seja. Não adiantou “tentar tirá-lo” do Botafogo.

Eu queria escrever para quem não acreditava na customização do Estádio Nilton Santos. Dos pontos mais altos da Linha Amarela e entorno já é possível avistar as arquibancadas em preto e branco. Está lindo! Vai ficar maravilhoso! É a casa do Botafogo de Futebol e Regatas, um dos 12 maiores clubes de todos os tempos. E para sempre será. Deve ter muita gente com dor nos olhos e bastante sentida com mais essa conquista. Inveja é pecado.

Eu queria escrever para quem ainda duvida do Botafogo por conta da capacidade limitada de investimento. Assim foi montado o elenco em 2016, onde se errou bastante em contratações, mas corrigiu-se a tempo. Investiu-se muito mais por aí (muito mais mesmo) para ficar no caminho em todas as competições. Ser eliminado antes do Botafogo no Carioca e na Copa do Brasil. Dar vexame na Sul-Americana e nem na final do campeonato inventado pelo presidente chegar. Aqui não há tanto dinhieiro, mas existe uma camisa pesadíssima. Dizem por aí que a gestão exemplar está do lado de lá. Lamentável.

Eu queria escrever para quem acha que Sidão e Neilton são insubstituíveis no Botafogo. Luis Ricardo também era até Alemão. Diogo também era até Victor Luis. Jéfferson também era até Sidão (embora o ídolo e capitão faça falta sim!). E Sidão também poderia ser, não fosse Gatito. Excelente goleiro, tecnicamente melhor que o antecessor na opinião deste que vos escreve. Vejamos como vai reagir ao peso da camisa. Neilton? Não precisa de muito para ser melhor, respeitando, obviamente, a passagem dele pelo clube. E ressaltando que é preciso contratar para a posição. No Botafogo há apenas dois insubstituíveis: Garrincha e Nilton Santos. Igual a esses NUNCA mais. O resto é questão de olhar o mercado.

Eu queria escrever para quem criticou o Botafogo por investir mais de dez milhões no estádio da Ilha do Governador. O projeto inicial não era esse, mas os custos aumentaram em função de problemas estruturais encontrados. Foi investido um valor alto sim, mas a Arena foi fundamental para não perder receitas futuras e abrir a possibilidade de gerar outras. No bom português: ao lado de Jair e das contratações de Camilo e Sidão, a Arena Botafogo foi diretamente responsável pela reação no Brasileiro, pelo afastamento do risco de queda e consequente classificação para a Libertadores. A “administração exemplar”, do lado de lá, vai gastar inicialmente 12 milhões no mesmo espaço. Sendo que vai pegar boa parte estrutural pronta, deixada pelo Botafogo. Mas como é “lá” todos aplaudem.

Eu queria escrever para todos aqueles que acham que só existe futebol a partir de 1980. Já há um movimento para o devido reconhecimento de TODOS os títulos mundiais. Em breve, espera este que vos escreve, uma das maiores mentiras do futebol carioca vai ser derrubada. Têm três times com uma conquista, um com duas e outro clube com três ou quatro mundiais (este que vos escreve reivindica três, mas há quem diga que são quatro). Este clube, tri ou tetra do mundo, chama-se Botafogo de Futebol e Regatas. Vai ser difícil para alguns conviver com a realidade, mas a história não pode ser apagada ou manipulada. Precisa apenas ser reconhecida. E será.

Eu queria escrever para quem continua duvidando da capacidade do Botafogo. De fato, não há como prever o desempenho na Libertadores, no duelo contra o Colo-Colo e, posteriormente, com o Olímpia. É competição de mata-mata, e tudo pode acontecer. Mas que não se duvide de um clube reconhecido pela alcunha de Glorioso. Ela não foi inventada ou plantada como o slogan “único campeão mundial do Rio”. Ela foi conquistada dentro de campo. Se no Brasil ainda não se reconhece, no mundo inteiro se respeita e se reverencia. Pergunte ao Montillo, ao técnico do Colo-Colo ou em qualquer canto do planeta. Não se resuma apenas ao que parte da mídia vende. É propaganda enganosa.

Eu queria escrever para quem escreve. Para jornalistas que “estão preocupados com o futuro do Botafogo”. Fiquem tranquilos, caros companheiros de profissão. Em dois anos houve avanços significativos, e um título de expressão se aproxima. Os alvinegros sentem isso. Ainda assim, mesmo com o incômodo jejum, o Botafogo foi, por exemplo, o clube que mais vendeu camisas em janeiro numa das maiores redes de lojas especializadas do país. Renderia uma matéria, não? Mas é difícil reconhecer a força desse Gigante que carrega a Estrela Solitária no peito. Foram buscar um tal ranking de venda de camisas no continente americano. Tão questionável quanto as pesquisas sobre o tamanho das torcidas. Credibilidade zero. Quem é de arquibancada e acompanha futebol de fato sabe o que realmente é verdade.

Eu quero, no presente mesmo, escrever para o torcedor do Botafogo. A atual administração tem os seus erros? Claro que sim. Todas têm. Este que vos escreve não assume lado político no clube. O meu partido é o Botafogo, e quero vê-lo voltar a ser o verdadeiro Botafogo, que conquistou o mundo diversas vezes. O clube amargou diversas administrações ruins ao longo da história centenária, e isso ajuda a explicar as dificuldades e os jejuns. É preciso reconhecer a evolução em variados aspectos. Então, que sigamos unidos, aderindo ao sócio-torcedor, comprando produtos oficiais e comparecendo aos estádios. Juntos somos imbatíveis! O Botafogo não tem apoio de mídia, federações e nem de outras instituições que atuam nos bastidores da bola. Mas o Botafogo tem a sua gente, a torcida mais apaixonada do Brasil. Tem camisa. Tem história. É Gigante. É respeitado desde 1904. E isso basta.

Começamos 2017 empolgados, cheios de esperança e expectativa! Vamos juntos! Saudações alvinegras, e até a próxima!

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