Sofrimento e vergonha

Duas desgraças atingiram a nação brasileira de forma muito dolorosa neste fim de ano. As duas geradas pela irresponsabilidade do ser humano e pela ganância. A queda do avião que conduzia a equipe da Chapecoense, provocada por falta de combustível, já que o piloto, um dos sócios da empresa proprietária do mesmo, para economizar, arriscando a própria vida e dos passageiros, fez a viagem sem nenhuma reserva de combustível, o que contraria a legislação aérea mundial, causando a morte de todas aquelas pessoas.

A outra grande desgraça foi a cusparada que alguns políticos da câmara federal deram no rosto e na esperança dos dois milhões e meio de brasileiros que assinaram o manifesto que propunha as dez medidas para combater a corrupção no Brasil. Retiraram quase todas as propostas previstas e ainda incluíram medidas com a clara intenção de intimidar e inibir a magistratura e o Ministério Público brasileiros, diga-se, a operação Lava-Jato. Mas, a vida segue.

Neste mês de dezembro, a Sociedade Brasileira de Dermatologia promove a campanha de prevenção contra o câncer de pele. A pele é o maior órgão do corpo humano, como uma capa viva que nos protege do meio ambiente. O tipo de câncer mais frequente entre os brasileiros, causado quase totalmente pela exposição ao sol, sem a proteção adequada.

Por sorte, a maioria destes cânceres de pele não causa a morte da pessoa atingida, com exceção do melanoma, um tipo que lança metástases, células que se soltam do tumor primário e vão reproduzir a doença em outras partes do corpo, e não tem tratamento eficaz.

Manchas na pele, que viram pequenas feridas que não cicatrizam, são sinais de um pré-câncer e devem ser examinadas por um médico dermatologista. Os tipos mais comuns da doença são o baso e o espinocelular, que não matam, mas mutilam, causando lesões principalmente no rosto, que é uma das partes mais expostas ao sol. Algumas destas lesões necessitam de tratamento cirúrgico que pode levar a retiradas de partes do rosto, deixando marcas para o resto da vida.

As pessoas com maior risco de contrair a doença são as de pele clara. A melhor proteção  é usar protetor solar de alto nível. Fugir do sol entre as 10h e as 16h é a outra forma de evitar a doença.