Os craques por trás da notícia

Quem gosta de esporte vive um verdadeiro ritual todos os dias. A rotina é acordar de manhã e pegar o jornal para ler as notícias, ou então ligar a TV, seja na hora do almoço ou no fim de tarde na segunda feira, para acompanhar aquelas discussões profundas sobre esquemas táticos, vitórias, derrotas, tabelas, classificações... Internet então? Nem se fala! O dedo fica freneticamente apertando o F5 ou deslizando a tela do smartphone em busca de alguma novidade. E no fim de semana? Você tem aquela paixão pelo rádio e liga o aparelho, seja em casa ou no carro, para torcer pelo time de coração (Ou não tem o Pay-per-view em casa também, acontece, é o meu caso).  É um apaixonante cotidiano que a gente sempre faz, mas não nos damos conta. 

Agora, você conhece os profissionais que entram na sua casa, das diversas maneiras e pelos mais diferentes meios de comunicação? Ah, duvido que você nunca entrou em um debate pelo rádio, TV ou internet quando aquele jornalista falou algo sobre o seu time, né não? Pois é, em Nova Friburgo a gente tem uma turma que, a semana toda, batalha pra correr atrás da informação e levá-la até você. O trabalho desses caras, que é o seu lazer, a gente mostra aqui, na primeira edição da coluna Conversa & Ação.

Vinicius Gastin: Rádio, TV, Jornal e Internet a serviço do esporte friburguense

Quem conhece Vinícius Gastin se pergunta como ele consegue dar conta de tantos compromissos. Diariamente, é responsável pela página de esportes de A VOZ DA SERRA, além dos comentários no bloco de esportes no Show do Pedro Osmar, chefia de editoria e apresentação do Repórter Friburguense e do programa Sintonia Maior, na Nova Friburgo AM, e da assessoria de imprensa do Friburguense. Ah, ainda é produtor, repórter, comentarista e apresentador do Esportes TV Zoom. (UFA! rs). Nem precisa dizer que a correria é grande pra ele. ''O grande segredo é a paixão pelo o que se faz. Eu começo a fazer, vou concluindo uma etapa de cada vez e, quando me dou conta, consegui fazer tudo. Ter prazer naquilo que faz é o grande segredo da vida. Não só profissional, como também pessoal. Lógico que cansa, dá trabalho, e muitas vezes exige uma inspiração que você não tem naquele momento. Mas é tão gratificante que os pontos negativos passam despercebidos.''

A rotina é assim, intensa, desde 2009. Na carreira, Gastin já cobriu as competições das quais o Friburguense particiou, incluindo os dois rebaixamentos e o retorno à Serie A, em 2011, além do título da Copa Rio, em outubro deste ano. Também acompanhou a Seleção Brasileira em 2014, no período de preparação para a Copa do Mundo de 2014, na Granja Comary, em Teresópolis, e a passagem da Tocha Olímpica por Nova Friburgo, em 2016. Nesta última, o desafio foi comandar uma cobertura ao vivo. ''Ficamos praticamente quatro horas ao vivo, sem intervalos, pela TV Zoom, transmitindo esse momento único e histórico para a nossa cidade.''

A responsabilidade de Vinícius é grande, já que fala de esportes para um grande número de torcedores nos mais diversos veículos. Mas ele controla bem essa pressão. Ele acredita que a leveza que o jornalismo esportivo propicia faz com que a informação seja passada de uma forma melhor aceita pelo público, ainda que muitos debates sejam originados pelos comentários dele. No entanto, ele garante que é preciso ter muito cuidado ao opinar, já que se coloca nessa posição de formador de opinião.'

Rafael Seabra: uma verdadeira Jornada no rastro do Frizão

A voz grave inconfundível de Rafael Seabra ecoa nas ondas da Conselheiro FM e na Internet sempre que há jogos do Friburguense, e nas tardes de sábado. Fã incondicional da Tupi, cresceu ouvindo as transmissões da Rádio com Luiz Penido, Jota Santiago, entre outros... Daí, surgiu a ideia de criar a Jornada Interativa. Desde 2011, o Seabra acompanha as partidas do Tricolor da Serra, do juvenil ao profissional. Com o projeto, o narrador já cobriu cinco campeonatos estaduais, uma série D, seis edições da Copa Rio e mais três do OPG.  Ultrapassando os limites de Friburgo, o narrador e a equipe da Jornada já transmitiram partidas em Campos, Macaé, Volta Redonda e Rio de Janeiro.

E, pra quem pensa que é só chegar e transmitir os jogos, engana-se redondamente. O Seabra chega ao estádio, pelo menos, quatro horas antes do início dos jogos, e monta todo o equipamento para a transmissão. Cabo pra lá, fone pra cá. A cada teste aumenta a responsabilidade de levar o melhor conteúdo ao ouvinte, na parte técnica ou no conteúdo jornalístico. ''O resultado é o melhor possível, e a expectativa é que tenhamos sempre um aumento considerável na audiência. Vale destacar que, para chegar até a perfeição na parte técnica, é preciso estar antenados às mudanças tecnológicas propiciadas pelo mercado cada vez mais competitivo. Uma transmissão bem conduzida terá como resultado uma maior interação com o público, através dos dispositivos de interativas proporcionados com o crescimento da internet.''

Seabra garante que, desde a adolescência, já existia a vontade de trabalhar com comunicação. No período de faculdade, o narrador publicou mais de 2000 matérias no portal de notícias da universidade em que estudou. Hoje, encara com euforia a possibilidade de dividir com o ouvinte e o leitor um verdadeiro turbilhão de emoções que é a cobertura esportiva. Claro, com seriedade e credibilidade. ''O jornalismo esportivo tem uma vantagem em relação à muitas profissões: a ausência de rotina. Antes de iniciar uma cobertura, o profissional não sabe o que vai acontecer. As vezes você vai atuar num jogo sem gols, ou fazer um jogo de sete gols (como foi a final de Friburguense e Portuguesa). O jornalismo esportivo ensina como principal diferencial a possibilidade de aprender a lidar com situação adversas e a superar todos os desafios técnicos e tecnológicos para levar as emoções do jogo ao público.''

Fernando Moreira: a emoção do esporte nas ondas do Rádio... e da Web

A missão de Fernando Moreira, durante a semana, é acompanhar e escrever sobre o esporte friburguense para o portal Friburgo Esporte, criado por ele e pelo parceiro Cláudio Pereira Filho, em maio deste ano. Lá, ele reporta torneios de futebol amador e notícias sobre o futebol profissional, além das disputas em outras modalidades individuais e coletivas que envolvam atletas friburguenses. Mas a relação com o esporte não começou agora não, já são oito anos na estrada. Em 2008, Fernando entrou para a equipe esportiva do narrador Fernando Bonan, da Nova Friburgo AM, como plantonista esportivo e comentarista. Já em 2013 e 2014, narrou as finais da Supercopa InterTV de Futsal ao vivo, para mais de 50 municípios da área de cobertura da emissora.

Hoje, Fernando continua na rádio, mas como narrador ou, eventualmente, repórter. Aos fins de semana, o jovem traz na voz a emoção dos jogos do Campeonato Brasileiro. Mas, dias antes começa a preparação. Fernando busca informações sobre os times envolvidos e particularidades sobre os jogadores ''Entro em todos os sites possíveis que tenham informações das equipes que vão jogar e anoto tudo: artilheiros, jogadores pendurados, desfalques, os números de cada equipe na competição... Enfim, tudo que vai servir como ingrediente durante a transmissão, além de informar o torcedor e deixar a transmissão mais leve''.

Inspirando-se em José Carlos Araújo, Galvão Bueno, Luiz Carlos Jr. , Edson Mauro, Luiz Roberto e em Fernando Bonan, com quem divide cabine e por quem tem grande admiração, Fernando Moreira diz que o jornalismo esportivo traz uma liberdade diferente de outras editorias, sendo possível ser mais informal ou até usar algumas gírias.

No entanto, segundo ele, a emoção precisa falar mais alto na transmissão para aproximar o ouvinte. ''Acho que a emoção e a superação do esporte mexem com qualquer pessoa. As histórias que precedem uma grande conquista ou até mesmo uma derrota inesperada sempre foram muito inspiradoras para mim. Gosto da comparação dos atletas com super heróis e é isso que eu tento passar para o ouvinte ou leitor quando estou desempenho minhas funções. ''