Colunas
Missionários
Caros amigos, o mês de outubro é tradicionalmente dedicado ao tema das missões. Começamos este mês celebrando a memória de Santa Teresinha do Menino Jesus, padroeira das missões, e no dia 16 a Igreja celebrará a Jornada Missionária Mundial.
Entretanto, é importante recordar que o fato de dedicarmos ao tema um mês de orações, reflexões e ajudas concretas não nos isenta da responsabilidade que temos de pregar o evangelho também nos restantes 11 meses do calendário.
Ser missionário não é uma questão de opção ou de chamado especial de Deus, mas é uma exigência básica de nosso batismo. É prestar atenção ao mandado do Senhor Jesus: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16,16).
No cenário atual em que o mundo quer julgar o evangelho e não deixar-se moldar por ele, devemos recordar a urgência do trabalho a nós encomendado pelo Senhor. Recordemos o decreto do Concílio Vaticano II “sobre a atividade missionária da Igreja” que diz: “Enviada por Deus às nações para ser o ‘sacramento universal da salvação’, esforça-se a Igreja por anunciar o evangelho a todos os homens. Fá-lo a partir das exigências íntimas da própria universalidade e em obediência a ordem de seu fundador” (n. 1).
Muitos são os modos de realizar a missão e é famosa a frase que diz que “a missão é feita: com os pés dos que partem, com os joelhos dos que rezam e as mãos dos que ajudam”. Há, portanto, um lugar para nós neste trabalho divino. Um papel que nos espera, uma necessidade que precisa ser saciada por nossa disponibilidade e nosso amor a Deus e aos irmãos.
Aos primeiros missionários disse Jesus: “‘A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio’. Então, soprou sobre eles e falou: ‘Recebei o Espírito Santo’”. Mas também envia-nos com a mesma “força do alto” para anunciar a boa-nova do reino de Deus.
Este espírito de unidade faz com que sejamos servos uns dos outros no anúncio do evangelho e na consequente promoção da justiça e da paz. Encontramo-nos diante do desafio de revitalizar nosso modo de ser católico e nossas opções pelo Senhor” (Aparecida, 13), porque no final das contas ser missionário é ser mais consciente de nossa vocação cristã.
Enquanto não nos deixarmos conquistar por Deus e apostarmos nele todas as nossas fichas, não seremos autênticos católicos e perderemos a oportunidade de compartilhar com Jesus e com tantos de nossos irmãos e irmãs do mundo inteiro a alegria de anunciar o Evangelho da liberdade e da paz.
Dom Edney Gouvêa Mattoso, Bispo Diocesano de Nova Friburgo
Dom Edney Gouvêa Mattoso
A Voz do Pastor
Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário