Um alerta sobre o excesso de uso das mídias sociais, internet e vídeos

Podem eles produzir malefícios para a saúde?

Vício ou adicção é aquilo que se torna um deus para você. É o que domina sua pessoa, seus sentimentos e atitudes. Reduzindo o conceito de adicção ao vício de drogas, ela é um modelo doentio do uso de uma substância que conduz à alterações importantes da saúde.

Drogas psicotrópicas (que afetam o cérebro) bloqueiam a percepção consciente de emoções saudáveis (não necessariamente prazerosas), que precisariam ser experimentadas e expressadas. Isto causa repercussão no comportamento e complica as relações do usuário com ele mesmo, com sua vida interior, e com as pessoas ao redor. Uma adicção isola a pessoa dela mesma.

Qualquer um pode se viciar em coisas sem ser álcool, maconha, cocaína, crack, e outras drogas. Há vício sexual, de comida, compras, romance, de pessoas, de fama, de estética corporal etc. Veremos agora sobre o vício de internet, pelo computador ou celular.

Veja cinco características que indicam que o uso da internet pode ter se tornado um problema para você ou para alguém que você conhece ou convive:

1) Perda da noção do tempo on-line: Você tem ficado na internet mais do que o previsto? Pensa em ficar minutos e fica horas? Se irrita se seu tempo on-line é interrompido?

2) Dificuldade em completar tarefas no trabalho ou em casa: Você vê roupas sujas se acumulando e deixa faltar produtos alimentícios em casa, por ter estado on-line? Tem dificuldade de completar seu trabalho, extende sua carga horária, e fica até mais tarde quando todos já foram para casa para que também possa utilizar a internet livremente?

3) Isolamento da família e amigos: Sua vida social está sofrendo por causa de excesso de tempo que é gasto on-line? Negligencia sua família e amigos por isto? Acha que ninguém na vida "real" — até mesmo seu cônjuge — são amigos on-line?

4) Sentimento de culpa ou defesa sobre seu uso de internet: Se sente mal se seu parente (cônjuge, pai, mãe, etc.) procura lhe incentivar a desligar o computador ou largar seu smartphone e passar tempo juntos? Você esconde seu uso de internet ou mente para seu chefe e membro da família sobre a quantidade de tempo que gasta no computador ou dispositivos móveis e o que faz enquanto está on-line?

5) Sensação de euforia enquanto envolvido na internet: Você usa a internet como escape quando está estressado, triste, angustiado, ou para gratificação sexual ou excitação? Você tenta limitar seu tempo de internet mas não consegue?

Se você respondeu “sim” a um destes cinco itens acima, já é um forte indicativo de vício de internet.  Há também os sintomas físicos deste vício, que incluem: a) síndrome do túnel do carpo carpa (dor e dormência nas mãos e pulsos); b) olhos secos ou visão tensa; c) dores no pescoço e fortes dores de cabeça; d) distúrbios do sono, e) ganho ou perda de peso. (Editado de: https://www.indicedesaude.com/artigos_ver.php?id=4031)

Susan Greenfield, Ph.D., neurocientista da Universidade de Oxford, na revista do Conselho Estadual de Medicina no Estado de São Paulo, “Ser Médico”, Jan/Mar 2013, comenta que o imediatismo das imagens de internet prejudica o desenvolvimento mental em crianças pequenas e adolescentes e que muito tempo na internet infantiliza o cérebro, podendo produzir uma geração de jovens incapazes de pensar por si.

Porém, a criança que usa a internet sob o controle dos pais (que prefencialmente não devem ser viciados nisto e, assim, dar bom exemplo), e também brinca com as mãos, sobe em árvores, brinca no quintal ou playground do edifício, corre na praia, tem contato frequente com a natureza (sítio, parque, chácara, fazenda), é melhor protegida contra os malefícios do excesso de exposição à internet e vídeos.

Doutora Greenfield afirma que para evitar prejudicar o cérebro de crianças pequenas por precocemente colocá-las em contato com vídeos e imagens da internet, é importante voltar ao que se fazia antigamente, quando avós ou pais contavam histórias com princípio, meio e fim, com significado, com boas e úteis lições para a vida, pois ajudam o cérebro a pensar em sequência, entender da causa para o efeito, e produz melhor funcionamento das estruturas nobres do encéfalo.

O cientista Fuchun Lin (2012) da Academia Chinesa de Ciências declarou: “Os jovens que navegam demais nas redes apresentam mudanças cerebrais semelhantes àquelas verificada pelos compulsivos por jogos de azar.” E a cientista Daphne Bavalier (2010) da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, comentou: “[há] grande relação entre exagero no computador e anormalidades cerebrais.” (Cremesp, “Ser Médico”, jan/mar 2013).