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Ser policial , civil ou militar, é viver na beira do abismo!
Dizem os mais idosos que no tempo deles os bandidos fugiam e tinham medo da polícia Nos dias de hoje assistimos todos os dias notícias nos meios de comunicação informando a morte de policiais militares e civis, homens e mulheres, em combate com foras da lei.
Como disse o secretário de segurança do Estado do Rio de janeiro, José Mariano Beltrame, a maioria destes PMs e policiais civis tem morrido em emboscadas, muito diferente de morte em combate. Emboscada impede que a vítima se defenda, é coisa de traição.
Fiquei impressionado ao ler artigo no jornal O Globo do último domingo, 17, de Rafael Galdo, comentando a diferença da reação das autoridades e da população em geral em diferentes países, com ênfase nos Estados Unidos, onde até presidentes comparecem na solenidade em memória de policiais mortos em confrontos, quando atuavam na defesa da sociedade.
Pelo menos 61 policiais é o numero de mortos até agora. Mal remunerados, principalmente diante do risco de morte que correm todos os dias, mesmo quando estão de folga, utilizando armas que estão em desvantagem diante dos bandidos, seguem estes homens e mulheres a sair para trabalhar sem a garantia de retornarem vivos para suas famílias.
Dizem, representantes dos policiais, que a sociedade criou um rótulo de rejeição em relação a eles, como se todos eles fossem maus cidadãos, violentos e agindo sempre fora da lei que devem defender. O que é falso, pois a maioria esmagadora deles é honesta e correta no exercício de suas funções.
Maus profissionais existem em todas as áreas de atividade. Maus médicos, advogados, engenheiros, religiosos de todas as crenças, comerciantes e empregados de todos os meios, mas a maioria é composta de gente do bem. A diferença maior é que apenas eles, policiais civis e militares vivem expostos 24 horas por dia a todo tipo de violência. Convivem o tempo todo com a maldade humana.
O tipo de trabalho destas pessoas causa enorme desgaste emocional, deixando os nervos à flor da pele, num nível de estresse gigantesco. Eles e suas famílias adoecem com facilidade, por causa deste desgaste e da pressão diária de enfrentar a morte a cada esquina e em cada porta que batem.
Sofrem de depressão, pressão alta, gastrite, insônia, e muitas outras doenças. Por tudo isto, merecem muito mais apoio do que recebem, da sociedade e das autoridades. Ser policial, seja civil ou militar é viver na beira do abismo todo o tempo.

Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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