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Dai a César o que é de César
Amigos, vida de flamenguista é complicada. Não basta perder o jogo, tem que ficar ouvindo os adversários dizendo que "Flamengo no G4 é igual promoção de uma grande rede de lojas: Só dura até domingo". É impressionante essa irregularidade que a equipe apresenta, justamente nas "decisões". Quando parece que vai, acaba não indo e frustra essa nação Brasil afora. A quinta colocação momentânea alivia um pouco a sensação de que a equipe poderia mais, só que o próximo jogo é fora de casa, e o time tem que mostrar a que veio no Brasileiro.
Zé Ricardo mexeu mal. Não dava pra tirar Felipe Vizeu e colocar Marcelo Cirino. Aliás, ultimamente, não dá pra colocar o Cirino em parte alguma do campo, tamanha a sua má fase. Mancuello também parece não estar nos seus melhores dias. No entanto, Alan Patrick e William Arão, mais uma vez, comprovaram que são os melhores jogadores do atual elenco. Aliás, estão em melhor fase, já que não custa nada eles começarem a sumir e deixarem a equipe na mão. Leo Duarte também foi bem, mas ainda precisa de um jogador experiente ao lado, e a volta de Juan pode fazer com que a promessa Rubro-Negra cresça ainda mais.
E por que o título da coluna é "Dai à César o que é de César"?
É lógico, por causa do craque, do mito, do inconfindível, do inacreditável César Martins. Eu duvido que o flamenguista não tenha dado uma risada, pelo menos, quando o jogador fez a defesaça de mão trocada no chute do Gabriel Jesus. Na boa, isso é pra não ser esquecido mais. Nem o mais revoltado companheiro deve ter tido coragem de falar algo com o César, por causa da audácia do zagueiro em praticar tal ato. Há quem diga por aí que ele se descobriu, e que deve investir na carreira de goleiro.
Falando sério agora, não dá pra um zagueiro ser determinante numa derrota. O camisa 3 do Flamengo errou, logo no início do jogo, no gol do Palmeiras. Depois, meteu o maozão na área pra evitar um gol claro. Foi expulso, foi gol do mesmo jeito e o Mengão jogou o resto da partida com um a menos. É inadmissível achar que é normal falhar em dois lances capitais, determinantes, até fatais. O Flamengo é mais que isso, é mais importante que qualquer crença ou confiança em jogador.
Eu mesmo disse, em algumas discussões com colegas, que o César era um bom zagueiro, mas estou mudando de opinião. Zé Ricardo elogiou o atleta após a partida, assim como parte da torcida ficou impressionada com o retorno do jogador, após tanta contestação e até um episódio de agressão. Esse é o agradecimento que fica, e ponto final. O momento é de dar à Cesar o que é de César, uma carta agradecendo os serviços prestados e uma passagem só de ida para Portugal.
Semana que vem a gente volta!
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