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Afinal, o que é a base?
Amigos, fim de primeira fase, Flamengo classificado - com sobras - reservas com um bom rendimento e um convite à reflexão. Com vários jogadores formados nas divisões inferiores do clube, hoje o nosso assunto é sobre as categorias de base. Muito se fala sobre a necessidade de revelar jogadores, da postura de identificação com o clube, existe até o lema de que "Craque, o Flamengo faz em casa". Mas, por que isso é tão importante no futebol de hoje? Por que a base é fundamental para a evolução de um clube?
Base, na língua portuguesa, possui vários significados e pode ser aplicada em vários contextos. Pode ser o início de uma obra, no ramo da construção civil; Talvez seja um tipo de esmalte, no mundo dos cosméticos, antes de qualquer cor que seja aplicada nas unhas. Até no jornalismo existe a tal BASE. A gente não escreve um texto ou faz uma matéria sem saber exatamente O QUE perguntar, A QUEM, perguntar, POR QUE perguntar, ONDE perguntar, QUANDO perguntar, COMO perguntar... Seja em qualquer segmento, a base é fundamental.
No futebol, ter uma estrutura adequada para a formação de jogadores, no mundo moderno, torna-se um pilar para a estruturação - ou reestruturação - de um clube. A crise econômica pela qual passam, não apenas os clubes, mas todo o Brasil, gera uma necessidade indispensável de revelar jogadores, tanto para jogar em alto nível, em torneios internos, mas como para fazer caixa, vendendo esses atletas. Além disso, a formação de jogadores é uma forma única de fazer com que exista a identificação do menino com o time, dentro e fora de campo. Ele tem que saber como o Flamengo joga, mas entender o quanto é importante e decisiva a torcida. Precisa conhecer todos os métodos de trabalho do clube, mas saber dos atalhos dentro de campo. Necessita assimilar a filosofia de trabalho, conquistar espaço desde jovem, crescer com o clube.
O futebol brasileiro já não é o melhor do mundo, ainda que tenha todo carisma e encantamento dos jogadores de outrora. Mas, é preciso reinventar o futebol do país começando pelos atletas mais novos, trazendo de volta a magia, e deixando de lado o marasmo. Mostrar a esses meninos o quanto é importante resgatar a identidade do jogador brasileiro mas, agora, adaptado ao futebol moderno.
E o que vimos, no sábado, foi uma oportunidade daquelas para os meninos do Flamengo. Meninos da base, campeões na base. Eles precisam dessas chances para mostrarem quem são e conquistarem espaço. Olha, como joga bola esse Thiago Santos! E o Vizeu? É goleador, oportunista. Ronaldo, Paquetá, Leo Duarte... Todos esses tem futuro, e parecem que conhecem, realmente, o que é jogar no Mais Querido do Brasil. E, se tiverem alguma dúvida, podem ter certeza que a torcida vai ensinar.
Semana que vem a gente volta!
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