Colunas
A Voz do Rio - 14/12/2015
1º prêmio
Ainda nem foi aberto ao público, mas o Aquário Marinho do Rio (AquaRio) já recebeu o primeiro prêmio na semana passada, o prêmio Master Imobiliário 2015. O AquaRio conta com 4,5 milhões de litros de água distribuídos em 28 tanques, cinco andares e 26 mil m2 de área construída. O espaço terá salas de pesquisa com foco em conservação e educação e também um tanque onde o público poderá nadar com tubarões. Os primeiros peixes já começaram a chegar.
Mais impostos
Numa reunião semana passada com empresários na Associação Comercial do Rio, o governador Luiz Fernando Pezão sinalizou que a saída para a crise deve ser o aumento de impostos. Pezão fez um apelo para que as empresas paguem as dívidas e apresentou a conta da inadimplência: R$ 28 bilhões, sendo R$ 7 bilhões só neste ano. Segundo uma fonte do governo, a secretaria estadual de Fazenda já prepara uma minuta para aumentar as alíquotas de ICMS. A proposta deve ser apresentada ao governador nesta semana, e para entrar em vigor ainda este ano precisa ser aprovada na Alerj até o dia 22 de dezembro, quando o legislativo encerra as atividades.
Paes tirando onda
Depois de ajudar o governador Pezão cedendo funcionários do município para realizar a limpeza nos hospitais estaduais, devido a falta de pagamento destes funcionários, o município acenou mais uma vez que está com os cofres gordos ao anunciar o esquema de réveillon em Copacabana. Serão gastos R$ 1.632.000 na festança. Quase a metade (R$ 800 mil) será para remunerar o principal show da virada, do cantor Zeca Pagodinho, que não quis falar, na sexta-feira, sobre o assunto com a coluna. A outra fatia vai custear 11 atrações — entre elas, Jorge Ben Jor, Dudu Nobre, Arlindo Cruz, Suricato, baterias de escolas de samba e o musical “SamBRA”, com Diogo Nogueira — e o apresentador Milton Cunha. No ano passado, Seu Jorge levou a bolada de R$ 800 mil para tocar apenas 8 músicas. Cada uma saiu por cem mil. Ele encerrou o show com a música "Burguesinha".
Amigo da Lei Seca
O ex-jogador Adriano, o Imperador, foi abordado mais uma vez, na semana passada, por agentes da Operação Lei Seca, durante blitz na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro e, após consulta ao sistema, ficou constatado que estava com o direito de dirigir suspenso. Por se recusar a fazer o teste, o ex-jogador teve a carteira de habilitação recolhida, foi multado em R$ 1.915,40, além de perder sete pontos na carteira. A infração é considerada gravíssima. A dúvida é a seguinte: que punição é esta de perder sete pontos, se a carteira já foi suspensa? A lei diz que, neste caso, o procedimento deveria ser outro, mas...
Golfinhos nas Cagarras
Uma das primeiras preocupações de boa parte das mulheres ao se tornarem mães é encontrar uma boa creche para o filho. Um lugar não só onde o bebê esteja protegido, mas que também reúna as condições necessárias para o desenvolvimento. Assim como acontece conosco, ocorre também com os golfinhos-flíper, quando um grupo costumava habitar o Arquipélago das Cagarras com os seus filhotes, que ali aprendiam a se relacionar com outros golfinhos. Mas, em 2011, eles deixaram de ser vistos na área pelos pesquisadores do projeto Ilhas do Rio, que desde 2004 monitorava essa turma. Mas, para surpresa dos especialistas, o grupo reapareceu este ano. Pelo menos três registros já foram feitos: nos dias 18 de julho, 7 de agosto e 12 de novembro, a apenas cinco quilômetros da Praia de Ipanema, em grupos de cinco a oito animais (sendo que pelo menos dois são filhotes).
PM do Rio mata um por dia
Entre janeiro de 2011 e outubro de 2015, 2.510 pessoas morreram vítimas de homicídios decorrentes de intervenções da Polícia Militar no Rio — o que representa 1,4 auto de resistência por cada um dos 1.764 dias desse período em todo o estado. Apesar de a Secretaria de Segurança não classificar as abordagens violentas como procedimento-padrão das forças policiais, o comandante do 41º BPM (Irajá), tenente-coronel Marcos Netto, foi exonerado no final do mês passado, depois de quatro policiais militares da unidade serem presos por matar cinco rapazes e forjar um auto de resistência, alterando a cena do crime. Foi o segundo caso de PMs do batalhão matando inocentes em menos de um mês.
É tudo nosso!
O mar cor de esmeralda, numa baía com 365 ilhas, cercada de montanhas cobertas de Mata Atlântica, com um litoral pontuado por um conjunto arquitetônico que conta a história do Brasil. O cenário da Costa Verde fluminense é mesmo o de um paraíso. Não por acaso a região acaba de ser incluída pelo guia “Lonely Planet”, um dos mais importantes do mundo, na lista dos dez destinos imperdíveis para 2016, ao lado de lugares como Havaí, Baviera e Transilvânia. Outros critérios, que não somente a beleza de Angra dos Reis, Paraty, Mangaratiba e Rio Claro, foram levantados para a decisão: foram lembrados os bons hotéis e restaurantes, os pratos à base de frutos do mar e eventos como a procissão marítima de Angra e o Festival da Cachaça de Paraty.
Blocos de Carnaval
Os blocos de rua do carnaval carioca querem revisar e discutir as normas estaduais que há dois anos regulamentam a folia. Para isso, reivindicam uma audiência pública na Alerj. Segundo contou à coluna Rita Fernandes, presidente da Sebastiana, as normas visam dificultar a permanência e o número de blocos na cidade. Este ano, 455 blocos desfilaram, segundo a Riotur. Um decreto de 2014 e uma resolução das secretarias de Segurança Pública e Defesa Civil, do mesmo ano, exigem, entre outros itens, que os blocos providenciem ambulâncias e UTIs móveis, dependendo do número de foliões, o que, segundo os organizadores, é atribuição do município.
Menos vandalismo
De Tom Jobim ao maestro Carlos Gomes. No Rio, monumentos públicos não estão a salvo das depredações, por mais queridos que sejam seus homenageados. Os atos de vandalismo contra estátuas da cidade aumentaram de janeiro a outubro e já superam os casos registrados em todo o ano passado. Segundo levantamento da Secretaria municipal de Conservação e Serviços Públicos, pelo menos 99 monumentos foram danificados nesse período. A estimativa é que a prefeitura gaste R$ 1,5 milhão com a restauração. De 2013 para 2014, os atos de vandalismo haviam diminuído de 86 para 66 casos.
No mais...
Cadê a Guardas Municipal protegendo essas estátuas, já que o orçamento para recuperar as peças podem custar R$ 1,5 milhão aos cofres públicos? Em contato com a coluna, a GM informou que faz patrulhamento preventivo, em horários aleatórios, nos locais "onde há obras". Mas a GM esquece que a responsabilidade de zelar pelo patrimônio público, onde não há obras, também é dela.
Alessandro Lo-Bianco
A Voz do Rio
Pai da Valentina, Alessandro foi repórter da Band News, revistas da Editora Abril, Jornal O Dia, Portal IG e Último Segundo. Atualmente é repórter do Jornal O Globo e ventila aqui na serra, todas as segundas-feiras, um pouquinho da maresia carioca.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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