Terceira chance

segunda-feira, 19 de outubro de 2015
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(Foto: Divulgação/NetVasco)

“Foi a terceira partida seguida com gol sofrido nos minutos finais, o que já havia acontecido contra a Chapecoense e o Avaí. 

Foi também, provavelmente, o melhor jogo do Vasco no Brasileiro. No Morumbi, contra um São Paulo frágil apesar do trio Ganso, Pato e Luís Fabiano, o time de Jorginho foi valente e virou após sair perdendo. Mas, mesmo com um jogador a mais em todo o segundo tempo, a equipe carioca sofreu o empate no fim (2 x 2).

Para um time como o Vasco, pressionado pelo risco de rebaixamento, nada pode ser pior do que sofrer um gol no início. Neste domingo, isso aconteceu em apenas 53 segundos. Vivendo altos e baixos ao longo da temporada, o capitão Rodrigo cometeu uma falha bisonha ao tentar cortar cruzamento e deixou Luís Fabiano na cara do gol. Ele não desperdiçou e fez seu 12º gol sobre o clube carioca. 

O baque no início deixava a impressão que abalaria a confiança vascaína, mas a reação foi oposta. Com Andrezinho e Nenê fazendo bom jogo e Jorge Henrique com espaços para partir em velocidade pela direita, o Vasco criava chances. 

Em uma delas, aos 33, Andrezinho roubou a bola, tabelou com Nenê e encontrou Jorge Henrique livre na entrada da área, mas o atacante dominou mal e chutou em cima de Rogério Ceni. Ao avançar, o Vasco também dava espaços. Em uma jogada iniciada por saída de bola ruim de Luan pela direita, Ganso tocou para Alexandre Pato chutar com perigo, aos 38. 

Quando o primeiro tempo se aproximava do fim, veio o gol de empate. Aos 43, Madson cruzou e, ao tentar cortar, a bola bateu em Matheus Reis. O árbitro viu desvio com a mão e marcou pênalti e aplicou cartão vermelho no lateral, o que provocou muitas reclamações. Nenê, em cobrança tranquila, balançou a rede. Foi o quinto gol dele com o Vasco, o quatro ao bater um pênalti. 

Após tantas reclamações, no primeiro minuto o segundo, em uma jogada ainda mais clara, a bola bateu no braço de Luiz Eduardo. 

Aos sete, para aproveitar o jogador a mais em campo, Jorginho renovou o gás ao tirar Jorge Henrique e colocar Rafael Silva. Apesar de apostar na correria, o gol veio por cima. Em jogada que era muito treinada nos dias de Doriva em São Januário, Rodrigo marcou, aos 17, de cabeça o gol da virada. A cobrança foi feita por Nenê. 

Nos vinte minutos seguintes, o Vasco criou e desperdiçou ao menos três boas chances de ampliar. Parou em Rogério Ceni ou em trapalhadas dos próprios atacantes, como uma bola em que Nenê furou. Aos 40, Rafael Silva, de cabeça, acertou o travessão são-paulino. 

Aos 42, quando a vitória do Vasco parecia certa, a zaga deixou Rodrigo Caio livre na área. Ele aproveitou cruzamento de Centurión, que entrara no lugar de Pato, para empatar. No fim, o São Paulo ainda teve chances de virar.”

Os próximos encontros do Cruzmaltino serão contra Grêmio e Fluminense. No caso de conquistar os 6 pontos, temos grandes chances de escapar do Z4. Vamos, Vascão!

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