É o melhor goleiro do Brasil...

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Ah, Botafogo... Botafogo de Futebol e Regatas, o Glorioso. O clube que mais cedeu jogadores para a Seleção Brasileira em toda a história. O mais tradicional do país, que acumula as mais belas e incríveis histórias... Em breve, tricampeão do mundo, assim que algum dirigente acordar e correr atrás do reconhecimento para acabar com as mentiras impostas pela imprensa carioca desde 1981. O Botafogo que por sua grandeza é considerado um dos maiores de todos os tempos pela Fifa—gosto sempre de ressaltar esse fato. Lá do outro lado eles não enchem a boca pra dizer que têm a maior torcida? Esse é o meu Botafogo. E não o que está jogando essa série B.

As dificuldades financeiras são evidentes, e não discutimos isso. O time é limitado, apesar de suficiente para reconduzir o time da Estrela Solitária à primeira divisão. Mas, sinceramente... Voltaremos por conta da camisa, uma das mais pesadas do futebol mundial. Em circunstâncias normais, não existiria um empate com o Oeste no estádio Nilton Santos. Pior do que o resultado foi a postura. Em momento algum o Botafogo pressionou de fato, e demonstrou novamente a antiga dificuldade de se impor contra times de pouca expressão. Poderia ter sido ainda pior, não fosse o gol achado por Roger Carvalho já nos acréscimos do segundo tempo.

Em meio a uma história tão rica e um cenário atípico, surge mais um grande ídolo para a nossa imensa galeria. No momento em que o Botafogo precisava de uma referência para o recomeço, Jéfferson abriu mão de inúmeras propostas e sondagens para renovar com o Glorioso. Um ato nobre, uma demonstração de amor cada vez mais rara no futebol mundial. Tomo a liberdade de pedir desculpas a você, Jéfferson, por não ter um time à sua altura este ano. À altura das tradições do Botafogo. No seu jogo de número 400, um empate com o Oeste, em casa, foi decepcionante. Mas certamente o de número 500 será especial. A nossa esperança é proporcional à fé interminável de quem tem a Estrela batendo no lugar do coração.

No jogo de sexta-feira, contra o Boa Esporte, Jéfferson provou mais uma vez ser peça fundamental. Sim, Boa Esporte. Se não fosse o camisa 1 da Seleção, o Botafogo não terminaria o primeiro tempo em vantagem. Foram três milagres do melhor goleiro do país, evitando que os equívocos de Ricardo Gomes nos levassem a um novo vexame. Três volantes novamente, professor? Sassá como centroavante mais uma vez ? Arão com responsabilidade de criar jogadas? Até compreendo que o senhor assumiu o time no meio do campeonato e ainda não conhece perfeitamente os jogadores que possui. Mas convenhamos que as citações anteriores são bastante evidentes e facilmente perceptíveis.

Em Varginha, na terra onde dizem ter aparecido o E.T. há algum tempo, o Botafogo parecia algo de outro mundo. Disperso, perdido na marcação durante a primeira etapa. Lulinha mal tecnicamente, Sassá perdido entre os zagueiros, inúmeros passes errados e três finalizações apenas. Sorte que o Fernandes guardou uma delas. Pouco. Muito pouco para a história que essa camisa carrega.

Melhorou um pouquinho, muito pouco mesmo, quase que microscopicamente quando o Luis Henrique entrou no segundo tempo. Tínhamos uma referência, e uma postura menos covarde. Nas arquibancadas, o torcedor alvinegro tentava ser o 12º jogador, pois no 11 contra 11 havia um equilíbrio preocupante. Sorte que o time adversário de Boa, de bom, que seja, só tem o nome. Certamente uma das equipes mais fracas da competição, e por isso, vive um jejum de sete partidas. Qualquer time com mais qualidade teria complicado a vida do Botafogo. 

Sorte maior ainda é ter na meta um monstro de nome Jéfferson. Fato que não perdemos há seis jogos, mas estamos insatisfeitos há bem mais tempo que isso. Não é cornetar ou exigir demais em um momento complicado de nossa história, repito. É querer o mínimo de respeito e dignidade por toda a nossa representatividade. Jamais imaginei que, aos 30 minutos, já estaria torcendo pelo fim de um duelo com o Boa Esporte.

Sinceramente, amigos alvinegros, o jogo em Minas Gerais valeu pelos três pontos importantes para o nosso acesso. Quanto mais rápido acordamos desse pesadelo da série B melhor. Confesso a vocês que não vejo a hora de esse ano terminar. É triste ver um time em campo tão aquém da nossa grandeza. Não é falta de disposição, vontade ou determinação dos jogadores. É limitação técnica mesmo. Logo o Glorioso, de tantos craques e times memoráveis.

Volte logo, Botafogo... A sua gente que tanto te ama e jamais te abandona está com saudades. Faltam cinco. Saudações alvinegras, e até a próxima semana.

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