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Comunicar à civilização amor
Caros amigos, no próximo dia 17 de maio, Solenidade da Ascensão do Senhor, celebraremos o 49º Dia Mundial das Comunicações Sociais. Para este ano, o Santo Padre, o Papa Francisco, quis desenvolver o tema da família como “primeiro lugar onde aprendemos a comunicação”. Animo a todos que leiam esta mensagem pontifícia, rica em temas importantes, mas que extrapolariam nosso espaço neste artigo.
Quando falamos de comunicação, não podemos esquecer sua privilegiada expressão que é a “palavra”. Escrita ou dita, a palavra é um modo privilegiado de exprimir as coisas que estão dentro de nós, e comunicá-las a outros. A família é o lugar onde aprendemos as “palavras”, a nossa “língua materna”. De fato, nós não inventamos as expressões, mas inserimo-nos em uma corrente cultural que nos precede e será perpetuada também por nós, por nossa vida, por nossas obras.
Deste modo, na família aprendemos a respeitar os que nos precederam e transmitiram-nos a vida, também adquirimos a capacidade de gerar vida e de fazer o bem. É importante conscientizar-nos de que se podemos dar, é porque recebemos antes. Esta corrente do bem, inscrita no coração de um lar, deve ser o paradigma de toda a comunicação.
A comunicação, portanto, deve unir as pessoas, mesmo que elas sejam diferentes e pensem diferente. Deve ser também capaz de comover os corações a ajudar os mais necessitados e os pobres. Deve ser instrumento de esclarecimento e informação, e ao mesmo tempo o lugar onde as maldades dos homens sejam denunciadas e combatidas. Enfim, a comunicação deve ser veículo e salvaguarda da verdade, que não é propriedade de um grupo privilegiado e não se presta a manipulações.
Uma efetiva evangelização dos meios de comunicação edificará muitos e variados instrumentos de unidade, que pacificarão e esclarecerão as consciências, que trabalharão para que todos os seres humanos sejam uma grande família, onde os diferentes grupos enriquecer-se-ão com suas peculiaridades e culturas, mas olharão para o mesmo objetivo querido por todos: a verdadeira paz e alegria, o progresso no bem e a fraternidade.
O final do livro do Apocalipse descreve esta civilização do amor: “Já não haverá mais maldição alguma. Na cidade estará o trono de Deus e do Cordeiro e seus servos poderão prestar-lhe culto. Verão a sua face e seus nomes estarão sobre suas frontes. Não haverá mais noite: não se precisará mais da luz da lâmpada ou da luz do sol, porque o senhor Deus vai brilhar sobre eles e eles reinarão por toda a eternidade” (Ap 22, 3-5).
Dom Edney Gouvêa Mattoso
A Voz do Pastor
Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.
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