Eleição

sábado, 20 de setembro de 2014

Eu quero um candidato que tenha ligação com Friburgo. Que tenha prestígio suficiente para conseguir verbas em caso de urgência como aconteceu há algum tempo atrás quando centenas de pessoas ficaram desabrigadas sem ter o que comer e onde morar. E até hoje muitos estão ao relento, esperando que os políticos arranjem soluções. A natureza às vezes trata mal a nossa querida cidade. O estadual precisa ter prestígio com o governo para juntos atacar o problema e tratá-lo humanamente e não só politicamente.

Eu quero um candidato que ponha Friburgo no colo e trate-a como um filho que precisa de carinho, pois Friburgo é uma criança carente que precisa de cuidados especiais. Desculpem, não me levem a mal. E não é pra me gabar não, mas eu sou friburguense, e isso é um privilégio. Não posso ver irmãos desesperados. 

A mulher que me ajuda

Mil novecentos e antigamente, a Naife está na porta da loja do Seu Alexandre e da Dona Hermínia. Sempre perfumada, cumprimentava com seu sorriso as pessoas que passavam. E passo eu com o carro de propaganda anunciando que Benoni está em liquidação. O fino da moda masculina com 50% de desconto. Eu dava uma buzinada e ela sorria, mais ainda a taquicardia me atacava. Numa noite inesperada, pedi à professora Conceição Abicalil que falasse com os pais dela que eu estava a fim de casar. E assim foi feito. Hoje, estamos juntos há 46 anos, dividindo as mesmas dores na coluna. É a dona do pedaço. Se arruma como se fosse para ir ao Municipal, mas vai para o supermercado. Depois vai aos bancos pagar as contas, sem esquecer de marcar as consultas com os médicos e comprar os genéricos. Nos médicos relata com precisão tudo que estou sentindo e eu quieto, causo surpresa com meu silêncio. Sabe de cor o aniversário de todos os parentes e amigos. Nunca esquece de telefonar. É a mulher que me ajuda em todas as fases da minha vida, no tempo das vacas gordas e das vacas magras. É fruto da educação dos seus pais e da madre Cosmeli. Deus a abençoe!

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Jorginho Abicalil

Jorginho Abicalil

Recado de Jorginho Abicalil

Como era Friburgo antigamente? O que o tempo fez mudar? O que não mudou em nada? Essas e outras questões são abordadas, aos fins de semana, na coluna “Recado de Jorginho Abicalil”, onde o cronista relata a Nova Friburgo de outros carnavais.

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