Praça Demerval Barbosa Moreira

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Minha praça é o meu canto,

meu sorriso, meu pranto.

O meu jeito de viver

O Eldorado, olhos de ontem,

o detective Spencer Tracy,

o mocinho Dick Tracy.

Sinatra "the voice”, o fox,

James Cagney, lutador de box.

Grupo escolar Ribeiro de Almeida,

Dona Georgeta Crelier,

por cima dos óculos pode crer

é disciplina de viver:

Dona Josefina, Dona Laura,

ensinavam a crescer,

sabendo um pouco de tudo

cultura geral ao amanhecer.

No coreto, a retreta,

protofonia do guarani, num "crescendo”,

obra-prima como nunca se viu,

prefixo glorioso da "voz do Brasil.”

A matriz agora é catedral,

remodelada ficou bonita.

Bota fé, geral comunga,

confessa que faz bem à alma.

O coração pulsa forte, 

batida binária, genial.

Por dentro, deixa estar,

não tem nada que mexer,

cada santo em seu lugar.

Minha praça é minha glória,

berço de tantas vitórias,

Friburgo inteira sabe de cor.

Minha vida é salvar vidas

Isso eu faço na melhor.

Adoeceu? Chame o doutor,

Ele resolve na hora.

Qual a dor que você sente?

Doente? Não, já passou.

E assim é a vida,

de quem jurou pra Hipócrates.

A medicina é um sacerdócio,

tem que viver pensando nela.

Aqui, ali, acolá,

nas ruas, vielas longínquas,

não importa, o doutor chega lá.

Sua maletinha é a salvação,

num instante tira a pressão.

Respira, sente o coração,

pronto, me dê a mão.

Minha praça sobe morros,

subidas íngremes, cansativas,

que as deixam ativas,

pra dizer por o ano inteiro,

que a vida não é só por dinheiro.

Minha praça é o meu orgulho,

está na ponta da língua,

está na voz do coração,

repita comigo, alviçareira

Praça Demerval Barbosa Moreira.

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Jorginho Abicalil

Jorginho Abicalil

Recado de Jorginho Abicalil

Como era Friburgo antigamente? O que o tempo fez mudar? O que não mudou em nada? Essas e outras questões são abordadas, aos fins de semana, na coluna “Recado de Jorginho Abicalil”, onde o cronista relata a Nova Friburgo de outros carnavais.

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