O gigante permanece adormecido

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O Brasil que emerge das urnas é um país dividido, onde o marketing matreiro do PT conseguiu o seu intento; as regiões norte, nordeste, mais Minas Gerais e Estado do Rio de Janeiro, maiores concentradores de usuários que necessitam da bolsa-família e outros benefícios para sobreviverem, foram fundamentais para reelegerem a presidente Dilma Rousseff. Acreditaram nas mentiras deslavadas do marqueteiro do PT e, no primeiro turno, a candidata Marina e no segundo, Aécio foram acusados de, se eleitos, acabarem com os programas sociais e de desmontarem os bancos estatais BNDES, do Brasil e Caixa Econômica, maiores financiadores a fundo perdido da gastança do PT. 

Num país de analfabetos funcionais, onde a maioria se deixa levar por boatos infundados ou meias verdades, o resultado das urnas não poderia ser diferente. Foi muito bom, pois no momento em que esses assistidos começarem a reclamar, terão de ficar de boca fechada, pois foram eles que escolheram o status quo atual: mais quatro anos para um dos governos mais corruptos, mais repleto de escândalos financeiros e sem nenhum planejamento de que se tem notícia no Brasil.

Esquecem esses 54 milhões de eleitores de cabresto do PT, que passaram toda a eleição escutando asneiras do tipo ‘elite’, ‘abastados’ e outras que quem paga a conta dessa farra de benesses é o imposto dos ‘ricos’. Sim, pois a nossa economia foi para o brejo, a inflação estourou o teto previsto pelo próprio governo, a dívida pública aumentou em muito e estamos para ser rebaixados pelas agências reguladoras internacionais, o que vai encolher a nossa economia ainda mais, pois sem a entrada de capitais de fora fica difícil crescer. Por um lado isso é bom, pois a cada pedido de esmolas, comida, remédios e outras coisas mais que recebermos, basta encaminharmos para a Dilma e seus ministros, que eles resolverão.

Mas, a classe média tem que estar atenta, pois ao primeiro sinal de que as bolsas benesses perderão recursos, o PT não terá nenhum escrúpulo em se apropriar do dinheiro alheio, com planos de confisco mirabolantes, como os muitos que já tivemos por aqui como, por exemplo, o malfadado IPMF. Aliás, já circulou um boato, via redes sociais, em que o governo limitaria os ganhos numa quantia fixa e o que ultrapassasse esse limite, seria recolhido e colocado numa poupança compulsória, a ser devolvida só Deus sabe quando. Um dia após a eleição de Dilma, a bolsa de valores caiu quase 5% e o dólar comercial chegou a R$ 2,54. Efeito reeleição.

Cada povo tem o governo que merece e não é justo que se estrague a festa alheia, daqueles que estão exultantes com a perpetuação do mar de lama em que o Brasil se transformou. O justo não deve pagar pelo pecador, ou seja, os ‘vencedores’ não estão obrigados a escutar o lamento dos ‘perdedores’. Nada mais correto que dividíssemos o Brasil em dois. A Terra de Santa Cruz seria composta pelos estados do sul, mais o Acre, Roraima, Mato Grosso, Mato grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Espírito Santo, estados ingratos que não deram a vitória à diva do PT. O resto continuaria se chamando Brasil, este sim, a terra prometida pelo Partido dos Trabalhadores, em que o slogan principal seria: o que é meu é meu, o que é seu é nosso. Claro está que as fronteiras deverão estar fortemente guarnecidas para impedir que os habitantes da Terra de Santa Cruz invadam o paraíso.

Entre ousar e tentar uma luz ao final do túnel, o povo preferiu se acomodar, posição preferida daqueles que não têm ambição e se contentam com migalhas.


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Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

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