Um desserviço prestado por nossa presidente

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Um país é grande não por causa de sua área territorial, mas por causa da postura do seu povo e pelas atitudes de sua classe dirigente, principalmente do seu presidente, seja ele homem ou mulher. Por isso, a escolha do mandatário maior de um país depende muito do preparo de seus cidadãos para decidir entre o candidato A, B ou C. Um país só será dirigido por um estadista se o seu chefe de estado tiver um diferencial muito grande, que o coloque acima dos demais concorrentes. Assim, ele deve ter conhecimento acima da média, poder de decisão, capacidade de agir rápido quando necessário e saber gerenciar os bons e os maus momentos por que passa a sociedade.

Daí que nosso ministro das relações exteriores, a meu ver, é cego ou despreparado para o cargo, ou, o que é pior, um acomodado. Dizer que o discurso de Dilma Rousself, presidenta do Brasil, na reunião de abertura da Assembleia Geral da ONU, na última quarta feira, dia 24 de setembro, foi digna de um estadista é querer passar um atestado de burrice ao povo brasileiro ou um desprezo total para com esse mesmo povo. 

Em primeiro lugar, a ONU não é palanque eleitoral para um candidato à presidência do seu país fazer discursos de campanha, ainda mais quando o mundo inteiro sabe dos problemas econômicos e financeiros que assolam o Brasil. Não verdades podem convencer os crédulos, os analfabetos funcionais e aqueles que se locupletam com o PT no poder e uma possível vitória de Dilma nas próximas eleições. Só que a comunidade internacional e os brasileiros que têm inteligência e visão, não são trouxas e se sentiram envergonhados com os desvarios presidenciais.

Mas o mais chocante foi a defesa intransigente de Dilma do movimento jihadista internacional, que já controla uma parte do território sírio e é uma ameaça ao Iraque e ao mundo ocidental. Na contramão da história, Dilma se põe na defesa de um grupo terrorista que degola, em público, via Internet, cidadãos ocidentais, alegando defesa de seus princípios religiosos, ou seja, lá o que for. Aliás, o assassinato em massa das minorias curdas e sunitas pelos jihadistas é tão grave e chocante que, também, não pode passar despercebido. Com a candura mais cínica possível, defendeu o diálogo como maneira de se negociar o fim de tais execuções. É claro que ela não está só nessa sandice, já que tem o apoio da Rússia, da Venezuela, de Cuba, Bolívia e outras republiquetas de menor importância.

Mas como negociar com bárbaros, com fanáticos que, em nome de um deus assassino, matam inocentes sem dó nem piedade? Há momentos em que o diálogo não leva a nada, pois não é possível argumentar com irracionais. 

Como presidente do Brasil, Dilma falou em nome dos brasileiros, sem consultá-los, e o que é pior, fechou a porta que poderia nos levar a ter uma cadeira no conselho de segurança da ONU. Em sã consciência, algum país civilizado e sério proporia para tal conselho um país que defende a barbárie?

O dia 5 de outubro se aproxima e os brasileiros terão de optar, na realidade entre a cruz e a espada: ou chancelamos o PT por mais quatro anos e partimos céleres para nos tornarmos uma republiqueta sul-americana e falida ou damos um salto no escuro e pagamos para ver qual será nosso futuro. Para mim, a segunda opção, ainda que de risco, é a menos pior. Portanto, não anule seu voto para presidente, pois você pode estar contribuindo para afundar de vez com o Brasil.

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Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

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