Maria, nossa mãe do Céu

terça-feira, 20 de maio de 2014

Caros amigos, o mês de Maio é consagrado pela devoção popular, e também pelos santos pastores da Igreja, como "Mês de Maria”, que é Mãe de Jesus Cristo, Mãe de cada cristão, Mãe da Igreja. Por todas as comunidades, multiplicam-se os grupos de oração do rosário, novenas, procissões e coroações que são lídima expressão dos sentimentos autênticos de um cristão católico.

É curioso perceber como é natural o amor de um filho por sua mãe, qualquer sentimento contrário pode, com justiça, ser qualificado de estranho, e, em caso de excesso, até mesmo monstruoso. Mas, em que sentido Nossa Senhora, Maria, a Mãe de Jesus, é também nossa mãe?

Que Maria é a mãe de Jesus ninguém pode contestar, é um fato histórico e, além do mais, recolhido com cuidado em vários livros do Novo Testamento. Mas, quando visto com simplicidade, não leva à conclusão de que ela também é nossa mãe. Entretanto, Maria não é somente a "progenitora” de Jesus, mas é também, como diziam os Padres da Igreja desde os primeiros séculos, a "Nova Eva”: companheira inseparável do "Novo Adão” que é Jesus Cristo.

Nossa Senhora não é somente mãe do "homem Jesus”, mas também é Mãe de Cristo (ungido), do Messias. Assim como não se pode separar em Jesus seu ser de sua missão, também Maria é inserida, pela Graça divina, não só na história terrena e efêmera do homem Jesus, mas também em sua missão redentora. Assim, sua maternidade divina está intimamente relacionada à salvação dos homens.

A Mãe do Redentor ocupa um lugar preciso e singular no plano de salvação (cfr. João Paulo II, Redemptoris Mater, 1). Ela coopera verdadeiramente na salvação dos homens exercendo em sua plenitude sua missão de mãe.

Ensina o Concílio: "Maria, filha de Adão, dando o seu consentimento à Palavra divina, tornou-se Mãe de Jesus e, não retida por qualquer pecado, abraçou de todo o coração o desígnio salvador de Deus, consagrou-se totalmente, como escrava do Senhor, à pessoa e à obra de seu Filho, subordinada a Ele e juntamente com Ele, servindo pela graça de Deus Onipotente o Mistério da Redenção. Por isso, consideram com razão os santos Padres que Maria não foi utilizada por Deus como instrumento meramente passivo, mas que cooperou livremente, pela sua fé e obediência, na salvação dos homens”. (LG, 56) Louvemos Nossa Senhora, que está no Céu e intercede por nós, e imitemos suas virtudes para sermos mais agradáveis a Deus! Que Jesus e Maria abençoem a todos!


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Dom Edney Gouvêa Mattoso

A Voz do Pastor

Buscando trazer uma palavra de paz e evangelização para a população de Nova Friburgo, o bispo diocesano da cidade, Dom Edney Gouvêa Mattoso, assina a coluna A Voz do Pastor, todas as terças, no A VOZ DA SERRA.

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