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O caso Petrobras é apenas a ponta de um iceberg
sexta-feira, 25 de abril de 2014
Vejam a que ponto chegamos no Brasil do PT e do PMDB, ícones do que de pior existe no mar de lama em que se transformou a política brasileira. No mais recente escândalo, o da Petrobras, a refinaria de Pasadena, na Califórnia, Estados Unidos, foi vendida aos "malandrus brasilis” (malandros brasileiros) por seis vezes mais do que seu preço real. Há exatos cinco anos, a produtora de petróleo brasileira situava-se entre as 12 maiores empresas do mundo, em valor de mercado; hoje, com os prejuízos acumulados, amarga a 120ª colocação.
Méritos totais para o ex-presidente Lula, pois foi em seu governo o início da distribuição de cargos-chave da companhia entre os apadrinhados do PT e para sua sucessora, Dilma Rousseff, que na época da negociata de Pasadena era ministra-chefe da Casa Civil e presidente do Conselho de Administração da Petrobras. Aliás, que baita administradora. O mais constrangedor é ela se julgar uma gestora notável.
O que mais me assusta é a tentativa do governo de tentar impedir toda e qualquer medida investigatória que possa esclarecer essa grande maracutaia. Afinal, a classe média brasileira, xingada e enxovalhada pela musa do PT, Marilena Chauí, tem que ser informada de cada centavo gasto pelo governo, pois é de seus bolsos que saem, através de impostos escoarchantes, a dinheirama para tamanho desperdício. Qualquer governo sério, o que parece não ser o nosso caso, faz da transparência o paradigma de sua atuação.
Que bela presidente nos enfiaram goela abaixo, ao assumir ter concordado com uma compra de tal magnitude, baseada apenas numa minuta de página e meia, quando a documentação completa tinha mais de quatrocentas. Faz-me supor que numa mesa redonda regada a caviar e salmão, acompanhada de Balantimes 15 anos ou champanhe Moet Chandon, falava-se de tudo, menos do desembolso de $1.200.000,00 (hum milhão e duzentos mil dólares), fruto do suor de muitos trabalhadores brasileiros.
A classe política brasileira nunca foi flor que se cheirasse, desde o Brasil colônia até os dias atuais, mas esses 12 últimos anos, coincidentemente sob a batuta do PT, ficarão gravados na história como a maior sangria que já se aplicou a uma nação. Mas o pior está por vir, se tivermos de amargar mais quatro anos de Dilma ou qualquer outro petista que seja gerado nos confins do planalto brasiliense.
As redes sociais e a internet são, hoje, um termômetro do que acontece no país, do que pensa o brasileiro, de todas as classes sociais, seja através de comentários, seja pela veiculação de notícias difundidas pelas diversas mídias as quais temos acesso. Sabemos também que a grande maioria dos eleitores brasileiros são pessoas com dificuldade de interpretação e julgamento das informações que lhe chegam, portanto, presa fácil da propaganda enganosa. Assim, é da maior importância para a oposição, ou mesmo para os petistas desiludidos, ou aqueles sem interesse político, mas que querem um país melhor, mais justo e livre de comentários maldosos por parte da mídia internacional, difundir a informação correta e sem paixões partidárias da dimensão dos problemas enfrentados pelo Brasil de hoje. Haja vista o mensalão, a copa do mundo com o superfaturamento dos estádios e sem a preocupação com a infraestrutura adequada, a questão da Petrobras, o financiamento a juros perdidos de Cuba, o complexo petroquímico de Itaboraí, a refinaria Abreu Lima em Pernambuco, que tinha como sócia a Venezuela, inflação em alta, etc.
Nas eleições presidências de outubro, urge depurar o Brasil. Como diz uma antiga oração: Pai nosso, que estais... livrai-nos do PT.
Amém
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
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