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Uma visita a Torino e a Milão
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Sempre me perguntam aqui, o porquê da escolha de Chambéry para morar durante esses quatro meses na França. Além da beleza natural da cidade e do excelente entrosamento com nosso locatário, estamos no chamado entroncamento sul da França, o que nos facilita estar na Suíça, na Itália e mesmo na Alemanha em poucas horas. Semana passada saímos de casa às oito da manhã e após três horas de viagem estávamos em Torino.
Torino, na região do Piemont, foi a capital dos Estados da Savoia de 1563 a 1720, do Reino do Piémont-Sardenha de 1720 a 1861 e do Reino da Itália de 1861 a 1865. Ela é a quarta cidade do país, com seus 1,7 milhões de habitantes na área urbana e 2,2 milhões de habitantes na grande Torino.
Como muitas capitais europeias, a melhor maneira de se conhecer a cidade é a pé. Portanto, um calçado adequado é uma boa escolha, assim como um mapa detalhado com a indicação dos principais pontos turísticos. Começamos por uma caminhada ao longo do rio Pô, de onde se avista o Monte dos Capuchinhos, que abriga o Museu Nacional da Montanha, a igreja e o convento do Monte dos Capuchinhos. Um pouco mais à direita esta a Piazza Gran Madre di Dio e a igreja Gran Madre di Dio. Em frente a essa praça fica a Ponte Vitorio Emanuelle I; por ela chega-se à Via Pô, que dá acesso ao Palácio Real, ao Jardim Real, ao Teatro Regio, ao Palácio da Madame e as ruínas da Academia Real. Um pouco mais à esquerda fica a Praça do Palácio, com o Mercado da Porta do Palácio. A cidade tem várias ruas em arcadas, onde estão instaladas muitas lojas e restaurantes e com a vantagem de proteger o pedestre da chuva.
De Torino fomos para Milão, cuja área urbana com seus 7 milhões de habitantes a classifica como o quarto maior aglomerado urbano da Europa, só perdendo para Moscou, Paris e Londres. É uma cidade fantástica, que vale a pena ser visitada e caminhar por suas ruas um exercício perfeito ao aliar o esforço físico ao intelectual. Ficamos hospedados no Hotel Íbis Ca Granda, a 150 metros da entrada do metrô Ca Granda. Seis estações após, desembarca-se na parada Duomo cuja primeira visão que se apresenta é a majestosa catedral de Milão, linda tanto por fora como por dentro. Em frente a ela, fica a Galeria Vittorio Emanuele II, um conjunto de lojas e restaurantes, em forma de cruz, com uma abóbada envidraçada suficiente para iluminar todo o conjunto. Próximo dali está o Palácio Real, construção cujas origens remontam à idade média; na parte posterior dele entra-se no Parque Sempione e é lá que Napoleão Bonaparte, em 1807, iniciou a construção do Arco do Triunfo de Milão. Com a sua derrota os trabalhos ficaram interrompidos, sendo reiniciados em 1826, por François I da Áustria, que o dedicou ao Tratado da Santa Aliança, em 20 de novembro de 1815, que selou a paz entre as grandes potências europeias. Sua conclusão se deu em 1838.
Situado na Piazza Cairoli fica a estátua de Giuseppe Garibaldi, herói brasileiro da Guerra dos Farrapos e italiano, por sua participação em inúmeras batalhas na guerra de reunificação da Itália. Foi casado com a catarinense Anita Garibaldi.
Milão tem vários parques e jardins, várias igrejas, museus e teatros, como o famoso Scala de Milão, além do Milan e do Internazionale de Milão. Os três dias que lá passamos foram insuficientes para visitar todos os seus pontos turísticos, e creio ser uma constante naqueles que visitam a cidade, a mesma impressão que tive de que é preciso mais tempo para conhecer tudo.
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
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