Fobia social

Fobia significa medo. Fobia Social, ou também chamada de Transtorno de Ansiedade Social, é o medo excessivo de ser o foco de atenção de outros e fazer algo ridículo que produza humilhação, vergonha. Fobia social pode ser tida como uma timidez forte.

Cerca de 7% da população apresenta este problema emocional, pelo menos. E os medos exagerados nas pessoas com Fobia Social podem ocorrer por medo de conversar com autoridades, medo de assinar cheque em público (numa loja, por exemplo), medo de fazer perguntas numa sala de aula, medo de participar de uma reunião no trabalho, de comer em público (num restaurante), etc.

A pessoa pode apresentar, com o tempo, a chamada "ansiedade antecipatória”, que é o medo de vir a ter o medo, o desconforto social, a fobia.

Os sintomas principais de Fobia Social são: sudorese, palpitações, tremor, taquicardia (aceleração do coração), sensação de perda da consciência, náuseas, palidez, incômodo abdominal, forte inquietude.

Há um conjunto de fatores que causam a Fobia Social, como a pessoa com alta sensibilidade afetiva (algumas pessoas são mais vulneráveis emocionalmente, enquanto que outras são mais resistentes), ter vivido num ambiente familiar traumático gerador de insegurança pessoal atingindo o respeito próprio, herança genética para ansiedade (pais transmitem em parte), aprendizado errado quanto ao convívio social (pessoas que vieram de famílias muito fechadas, muito isoladas socialmente, que só conviviam entre si (pais e filhos).

Há a Fobia Social Restrita, em que há um só tipo de medo exagerado importante, e há a Fobia Social Generalizada, na qual a pessoa apresenta várias dificuldades, e as pessoas com este tipo de Fobia Generalizada casam menos, estudam menos, ganham menos dinheiro, tendem a abusar mais do álcool (20 a 30%), cometem mais suicídio (14%) e desenvolvem mais crise de pânico e depressão (50%).

Geralmente a Fobia Social começa na adolescência porque é quando os jovens se expõe em contatos sociais bem significativos, como namoro, amizades nos grupos, sendo mais comum nos homens. 

O tratamento envolve (1) admitir que há o problema, (2) psicoterapia e (3) medicação para reduzir a ansiedade.

Dicas para uma pessoa que sofre de Fobia Social, incluem: (1) colocar alvos simples na busca de interação social, como pedir ao colega da classe uma folha de caderno, aproximar-se dos menos zombeteiros, fazer perguntas mais objetivas que exigem menos interação de diálogo; (2) entender que o fóbico social geralmente tem uma crença central em sua mente de ter que ser perfeito, ter que acertar em tudo, ter que causar boa impressão, daí o medo excessivo (ansiedade alta) de não conseguir isto, então precisa lutar consigo para evitar esta autocobrança de perfeição; (3) praticar exercícios físicos, evitar cafeína (pode aumentar a ansiedade), dormir bem, evitar álcool e parar de fumar (nicotina aumenta a ansiedade) são procedimentos que aliviam o cérebro; (4) técnicas de relaxamento, incluindo orar com concentração; (5) treino dos pensamentos, tal como evitar as distorções de pensamento que ficam dizendo que não conseguirá, que obrigatoriamente ficará vermelho e sem jeito; (6) entender a ansiedade como amiga e não inimiga, pois ela indica que há algo a ser cuidado, protegido, talvez modificado na maneira de a pessoa funcionar e se relacionar consigo e com os outros; (7) estando numa reunião social, da escola ou no trabalho, procure focar sua atenção não no que está sentindo, não no que ocorre em seu corpo (suor, aceleração do coração, etc.), mas no que ocorre fora de você, exemplo: qual o assunto que o pessoal está falando? E preste atenção e verifique que há outras pessoas ali que também ficam quietas, pois nem todas são extrovertidas, assim, não é só você o quieto. Se sentir suas mãos tremendo, coloque-as no bolso e tire o foco delas. Se estiver numa reunião social, por exemplo, num aniversário, se aproxime de alguém com quem você se sente mais confortável e se afaste de quem lhe deixa inseguro, e (8) fazer uma escala de graduação, escrevendo que coisa produz mais ansiedade, insegurança, medo, decrescendo na lista para a que menos amedronta. Daí comece a enfrentar aquilo que menos amedronta e vá avançando na escala passo a passo, para praticar a que gera mais ansiedade. Isto a pessoa com Fobia Social precisará fazer, mais cedo ou mais tarde, porque o medicamento não fará isto por ela. E é este enfrentamento e o aprender a se sentir mais seguro com a prática que é a parte mais importante da recuperação.