Câncer e esperança

terça-feira, 04 de junho de 2013

Nos dicionários, a palavra esperança é definida como a expectativa de um bem que se deseja.

Ela é uma grande consoladora. Notícias veiculadas nos meios de comunicação a respeito de câncer em artistas e personalidades muito conhecidas e queridas provocam na população uma sensação de inquietação e sofrimento. Afinal de contas, se uma pessoa poderosa como aquele artista ou jogador foi acometida de um câncer, dispondo de todos os recursos e facilidades possíveis, imagine eu, um simples mortal, um ilustre desconhecido — como vou poder me defender, o que posso fazer para me proteger? 

Perguntas como esta são feitas todos os dias por um incontável número de mulheres e homens do nosso país. Em tempos recentes, tivemos notícias de câncer no Gianechini, na Hebe Camargo, na Ana Maria Braga e no Oscar Schmidt. A famosa e bela Angelina Jolie, temendo o câncer de mama que vitimou sua mãe, e sabendo que poderia ser a próxima vítima, preferiu se antecipar e se submeteu a uma cirurgia para retirada das mamas. Enquanto isto, uma massa de milhões de pessoas neste nosso país padece anonimamente de alguma das centenas de formas de câncer. Da pele, dos ossos, do estômago, da boca, do útero, das mamas, da próstata, e de tantas outras partes do corpo humano que precisaríamos de muitas páginas como esta para falar de todos eles. Podemos mudar nosso modo de viver, nossos hábitos alimentares, podemos mudar quase tudo. Mas não podemos nos livrar dos gens que herdamos de nossos pais. Não podemos fugir da poluição que nos cerca, nem tampouco podemos evitar os venenos que são utilizados nas frutas, verduras e legumes que comemos e servimos aos nossos familiares. Difícil deixar de comer as carnes de aves e gado que nos são oferecidas ou os saborosos frutos do mar. Quem resiste a um delicioso peixe frito ou assado, ou a um camarão frito com alho, acompanhados de uma cervejinha ou de um bom vinho.

Será que existe a possibilidade de que os telefones celulares possam causar câncer no cérebro, como afirmam alguns cientistas? E em relação aos aparelhos de micro-ondas, como os fornos que todo mundo usa na cozinha de casa, será que eles também podem provocar câncer?

E o nosso sol, que ilumina nosso mundo, que nos aquece e sem o qual ficaríamos congelados, que faz as plantas crescerem, que nos mantém vivos, mas que também causa câncer de pele, o que fazer? Usar protetor solar de máxima potência todo o tempo ou não sair de casa seriam as únicas saídas.

Um dia, num futuro distante, quando talvez nenhum de nós estiver por aqui, pode ser que o câncer seja um problema resolvido pela ciência, e não cause preocupação.

Mas até lá, para nós que ainda estamos por aqui, resta o cuidado com nossos hábitos de vida e com o que comemos e bebemos. E acima de tudo ainda temos esta maravilhosa coisa chamada esperança, que nos protege e nos anima, e nos faz seguir em frente! 


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Dr. Norberto Louback Rocha

Dr. Norberto Louback Rocha

A Saúde da Mulher

O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.

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