Menopausa precoce, mito ou realidade?

Uma conversa muito frequente entre as mulheres é a respeito de um acontecimento chamado menopausa precoce.

Existe realmente esta coisa de menopausa precoce, ou é apenas conversa fiada, sem fundamento médico?

Na verdade isto pode realmente acontecer, de forma natural, cirúrgica, medicamentosa ou por método cirúrgico. Perto de dez por cento das mulheres podem parar de menstruar de forma espontânea antes dos quarenta e cinco anos. Mas seja em que idade for, este sempre será um acontecimento difícil para qualquer mulher.

Os ovários são a fonte produtora dos hormônios femininos, que dão à mulher suas características marcantes. Começam a ser produzidos bem cedo ainda na infância e vão aparecer completamente na puberdade, quando a jovem desabrocha sua feminilidade.

De modo natural, eles vão começando a diminuir a produção destes hormônios a partir dos quarenta anos e daí para frente, ano após ano, esta produção vai diminuindo até chegar a níveis mínimos. Quando isto ocorre, inicia-se o processo da menopausa, que é o fim das menstruações, o que traz para a mulher uma serie de acontecimentos desagradáveis. Ondas de calor, secura vaginal que prejudica por demais a vida sexual, que já esta alterada pela diminuição da libido, ou desejo.

Grande parte destas menopausas chamadas precoces, que podem acontecer em idade bem jovem, são devido a cirurgias para a retirada de tumores que afetam um ou os dois ovários. Podem ser benignos ou malignos. Doenças infecciosas, doenças autoimunes, uma doença extremamente grave que é chamada endometriose é uma causa frequente que obriga à retirada deles.

Uma virose, a caxumba, que agride igualmente homens e mulheres, quando atinge as jovens mulheres pode levar a uma completa destruição daquelas glândulas, ocasionando esterilidade e outros sofrimentos pela falta dos hormônios femininos. Este é um acontecimento cada vez mais raro devido ao surgimento da vacina contra aquele vírus.

As mulheres que tiveram algum tipo de câncer na região da pelve, onde ficam o útero e os ovários, tendo realizado radioterapia naquela área ou feito quimioterapia, quase sempre perdem a função ovariana. Por esta razão, muitas jovens que ainda não tiveram filhos, sabendo que estão com um câncer naquela região dos ovários, retiram parte ou todo um ovário saudável e o guardam sob congelação para posteriormente poderem gerar filhos.

Algumas doenças autoimunes, nas quais o corpo agride a si mesmo, como nos casos do lúpus eritematoso ou da artrite reumatoide, podem raramente também atacar os ovários.

Felizmente nos dias de hoje, todos estes acontecimentos podem ser bem cuidados e resolvidos com as modernas técnicas médicas.