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Uma guerra sem descanso!
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Na próxima semana, vamos assistir a mais uma programação de luta contra o câncer de mama. Como fazemos nestes últimos anos, com o apoio da Fundação Municipal de Saúde, que além das ações desenvolvidas em relação a este tipo de câncer, também trabalha com outras ações em prol da saúde.
São contempladas atividades relacionadas ao câncer de próstata, prevenção do diabetes e da hipertensão entre outras.
Entre as doenças malignas que atingem a mulher, o câncer da mama é a mais comum.
Segundo estatísticas, cerca de quarenta mil mulheres podem apresentar a doença, a cada ano em nosso país. O número de mortes em consequência disto é bastante impressionante.
Não poupa nem mesmo a mulher grávida, e nestes casos sua ocorrência fica em torno de uma em cada três mil gestantes.
A idade da mulher é um fator que chama a atenção, pois noventa por cento dos casos desta doença acometem mulheres na faixa etária acima dos quarenta anos.
Para exemplificar, em jovens com idade de vinte anos, o aparecimento deste câncer pode ocorrer em uma para cada duas mil mulheres.
Já na faixa dos setenta anos, sua ocorrência é impressionante, pode acometer uma em cada vinte e quatro mulheres.
Como podemos perceber, a idade se constitui em um dos fatores de risco. A partir dos quarenta anos, todas as mulheres devem tomar um grande cuidado com suas mamas, principalmente se tiverem em sua família parente muito próxima, como mãe ou irmã, que tenham sido atingidas pela enfermidade.
Existe também uma relação com a história menstrual. Mulheres que começaram a menstruar muito cedo, e continuaram menstruando até muito tarde, tipo cinquenta anos, têm um risco aumentado para desenvolver a doença, por terem permanecido um tempo maior expostas à ação dos seus hormônios estrógenos.
O estilo de vida e hábitos alimentares parecem exercer influência na gênese da doença.
Fumo, álcool, obesidade, sedentarismo, alimentação rica em gorduras, principalmente, estão citados como fatores envolvidos.
Em relação à história pessoal, aquelas que tiveram câncer de mama apresentam um risco maior de desenvolver a doença na outra mama, risco que fica em torno de um por cento ao ano.
Para a cura da doença, o fator mais importante é o momento da descoberta. Quanto mais precoce for feita, maiores são as chances da cura. Infelizmente o oposto também é verdadeiro.
Entre os métodos para detectar no inicio o câncer de mama, o mais reconhecido é a mamografia. Capaz de perceber bem no início a lesão, este exame rápido e fácil de ser realizado permite um início de tratamento em questão de dias.
A realização do autoexame também é importante, embora só permita um diagnóstico de nódulos maiores, mesmo assim é importante.
A consulta com ginecologista e mastologista, contudo, é fundamental, principalmente após os quarenta anos de idade, no mínimo uma vez por ano.
Dr. Norberto Louback Rocha
A Saúde da Mulher
O ginecologista e obstetra Norberto Rocha assina a coluna A Saúde da Mulher, publicada às terças no A VOZ DA SERRA. Nela, o médico trabalha principalmente a cultura de prevenção contra os males que atingem as mulheres.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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