Colunas
Vai ficar na saudade e na memória!
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
A então vitoriosa Dra. Saudade Braga iniciou sua campanha política com uma boa campanha, qualidade nas imagens, vasto acervo, mas incapaz de reverter rejeição. Fez muitas ações estratégicas adequadas a candidatos novos ou com grande aceitação, mas não para candidato com alta rejeição como era o caso.
O cenário era o melhor impossível; havia grande instabilidade política, tragédia recém-acontecida, descompasso político e econômico, ausência de uma liderança evidente, dois candidatos opostos rachando votos, enfim, o cenário era muito positivo a sua candidatura, o que leva a um problema comum: uma legião de oportunistas e palpiteiros sempre por perto.
Ao longo de seus programas de TV, foi tendo semana a semana a substituição de seu semblante calmo e acima do bem e do mal, para um semblante cansado e desgastado, a tensão tornou-se visível no vídeo e isso alimentou seus opositores com a certeza de que o caminho por eles trilhado era o certo.
Numa declaração pública de perda da liderança, partiu para o ataque, num erro básico de um líder, que jamais se refere aos concorrentes, naquele momento, muitos souberam o que poucos sabiam e que até então mais parecia apenas fruto de contrainformação, ela havia perdido a liderança nas pesquisas e consequentemente nas ruas.
Sua campanha queimou muitos cartuchos de uma só vez, usando nosso deputado Glauber e o senador Lindbergh já num primeiro momento, sem permitir um viés de crescimento, tão vital e necessário a qualquer campanha eleitoral, principalmente no caso de um candidato que apresenta grande fidelidade dos fãs e alta rejeição dos demais.
Sua postura muito distante de todos, evitando os debates e as entrevistas, propiciou uma perda de acessibilidade e uma posição projetada de poder, num claro temor de inacessibilidade se eleita, ao mesmo tempo que suscitava certa fragilidade, parecendo não ter defesa ou consistência.
Todo candidato à reeleição encontra uma grande dificuldade de prometer o que não foi feito anteriormente, ainda mais quando o período foi de oito anos, assim seus programas deveriam ter sido muito mais fortes e consistentes em demonstrar os feitos anteriores e não ter municiado seus opositores com bombas como foi feito com a redução da passagem do ônibus entre outras.
O debate da InterTV Serramar, Dra. Saudade já entrou vencida e deixou ao longo dos blocos abater-se muito mais que o esperado, pois era sabido que haveria um foco direto sobre ela.
Essa eleição ensinou muita coisa, para muita gente, sobre tudo o fato de que na política preferência não é necessariamente uma vantagem, e que a decisão final das urnas é a soma de vários fatores, construídos por diversos fatos, versões e ações, mas continua valendo a máxima de Duda Mendonça: a coisa mais importante para um candidato, é que ele saia de uma eleição melhor do ele entrou. Fica a pergunta: foi bom assim?
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
Deixe o seu comentário