Observatório - 03/05/2012

Manifestação apolítica—voto nulo não é protesto, é omissão!

Ontem, 2, tivemos a possibilidade de explicar que, ao contrário do que muitos movimentos, especialmente nas redes sociais, sugerem, mais de 50% de votos nulos dados pelos eleitores não cancelam eleição. O voto nulo é um ato apolítico, ou seja, “eu não voto em ninguém, logo não sou responsável pelos eleitos que lá estão!”. É responsável sim! A omissão já é uma atitude; das piores, é verdade! É melhor errar por fazer, do que errar por abdicar!

O mais interessante na história do voto nulo é que os movimentos dizem que seriam convocadas novas eleições, com novos candidatos. Interessante ver é que, para ser candidato, o sujeito tem que ser filiado um ano antes do pleito em partido político. Cá entre nós, novos candidatos de mesmos partidos. Ou seja, os novos candidatos seriam dos mesmos grupos que já concorriam se assim fosse verdade!

Claro que o eleitor tem o direito de anular seu voto, seja por indignação ou simplesmente por não querer se responsabilizar. Por indignação ou fugir da responsabilidade, voto nulo não é protesto, é omissão! A omissão é pecado grave! É preciso participar! Não escolher já é uma escolha! Sempre haverá um melhor do que o outro!

Antes de pensar em anular o voto, pense se esse ato transforma a sua cidade, estado e país. Tal atitude garante sua cidadania plena e acima de tudo o difícil direito democrático conquistado pelos brasileiros? Quantos morreram para que esse direito fosse garantido ao longo da história!

Ou nasce um novo povo ou não nasce uma nova cidade! Quando digo um novo povo, não se trata de uma nova geração, mas uma nova consciência, mais coletiva, mais participativa, mais responsável!

Em vez de votar nulo em qualquer eleição, participe da vida política do seu município, do seu estado, do seu país. Está insatisfeito, acha que todos que estão na política são ruins? Leve em consideração se candidatar a algum cargo ou motive e lute pela candidatura de alguém que você acredita!

Antes de reclamar, procure saber de fato a função dos partidos políticos e de cada cargo! Vereador, por exemplo, não é assistente social, nem miniprefeito!

Antes de espalhar campanhas, entendo os efeitos de um voto nulo ou em branco! Procure a verdade dos fatos! Voto nulo não anula eleição! Isso é uma mentira!

Pense: votando dessa forma estarei buscando o melhor (ou menos pior) para a sociedade na qual estou inserido! Que sociedade eu quero? Uma sociedade apolítica ou participativa e construtiva? As escolhas são de cada um de nós, mas todos nós pagamos o preço!

Na semana que vem a verdade sobre Nova Friburgo ter 21 vereadores. Os movimentos atuais pela redução e/ou manutenção de 12 cadeiras são legítimos, mas tardios. A lei não permite mais modificações! Deviam ter pensado nisso antes!

10h do dia 10

As secretarias municipais de Defesa Civil de Nova Friburgo, Bom Jardim, Teresópolis e Petrópolis estão encarregadas pelo estado de realizar, a partir deste mês, uma avaliação funcional dos equipamentos de alerta de deslizamento e cheias de rios, sempre às 10h do dia 10 de cada mês, além de treinar periodicamente as comunidades.

Cultura de prevenção

Portanto, todo dia 10, às 10h, as sirenes irão ser testadas e as comunidades treinadas, para que na época de verão, todos já tenham a cultura de prevenção, além da garantia de que os equipamentos estejam em funcionamento.

Censo 2010

O IBGE divulgou alguns dados detalhados acerca do Censo 2010. Nova Friburgo teve a confirmação de sua população com 182.082 habitantes à época. Os dados são referentes a 2010 e, portanto, tem grande chance de diferirem da realidade atual por conta da tragédia climática ocorrida em 2011.

Dentro da média nacional

À época do Censo, Nova Friburgo tinha dados bem parecidos com os nacionais e estaduais. Quase todas as médias são relativamente semelhantes. No que diz respeito a trabalho e renda, 96,2% da população acima de 10 anos de idade tem ocupação no mercado de trabalho.

Maioria da população friburguense tem renda baixa

Mais da metade da população friburguense ganha menos de dois salários mínimos, o que comprova a baixa renda local. 43.529 trabalhadores têm de 40 a 44 horas de trabalho semanal. 16.897 trabalham mais de 49 horas semanais.

Geladeira é a campeã. TV é vice

Com relação aos bens de consumo, apenas 25.008 casas tinham computador com internet. A geladeira é a campeã entre os bens domésticos, 62.215 residências tinham o equipamento, seguido por aparelho de TV, 62.111. 53.889 tinham aparelho de rádio. 29.949 residências contavam com automóvel e 8.297 como moto.

Escolaridade baixa

Com relação ao grau de instrução, a grande maioria da população friburguense não tinha instrução ou não completou o ensino fundamental, correspondendo a 79.135 moradores. 35.683 contavam com o ensino médio completo e apenas 14.896 com o ensino superior completo.

Solteiros são maioria

A população solteira, segundo o Censo 2010, assim como no Brasil e no Estado do Rio de Janeiro é solteira. Eram 78.673 solteiros, contra 59.354 casados. O número de viúvos à época era de 10.391. A dificuldade visual é a maior entre a população, problema de 19.466 friburguenses. A auditiva corresponde a 6.927, enquanto a motora atingia 8.197 pessoas.