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Conservação das ruas de NF é uma calamidade
Dizem as más línguas que há coisas que só acontecem ao Botafogo, mas na verdade o mesmo se aplica à nossa cidade. No bairro Ypu, próximo ao radar, existe um calombo na estrada a desafiar os técnicos e é uma constante ameaça à integridade dos motoristas. Mas, após temporais o mais comum é o aparecimento de buracos na estrada ou nas ruas; entre nós, no entanto, as depressões são para cima a desafiar a compreensão das pessoas.
Desde as chuvas do ano passado que aquele local atrapalha a livre circulação dos veículos, e põe em risco a vida de motoristas e pedestres; além do mais o visual é muito bizarro, pois aquela elevação surgida do nada desafia as leis da física. Talvez pudéssemos explorá-la como atração turística, o que certamente aumentaria a receita de Nova Friburgo.
Aliás, a conservação das ruas da cidade passa longe de ser um objetivo primordial da Secretaria de Obras. Do Cônego até o Centro, o motorista tem que ter perícia e atenção para não danificar de maneira séria a suspensão do seu carro. Na via expressa, logo após a Afape, as duas pistas estão com rugosidades no asfalto que ameaçam a estabilidade dos carros; mais na frente, depois do posto de gasolina, encontramos falhas no asfalto que obrigam a manobras bruscas para manter o carro no rumo correto. Mas o que preocupa mesmo é a cratera que se formou e que aumenta a cada dia próximo à subida da rua São Paulo. Tem-se de quase tocar a divisória da avenida Julius Arp para não danificar a roda esquerda. Para quem pensa que acabou, ledo engano, pois as depressões nas proximidades da antiga loja da fábrica Arp são de tirar a paciência de qualquer cristão.
Circular nos dias de hoje pelas ruas de Nova Friburgo requer perícia, paciência e muita atenção. Após as chuvas do ano passado o que era ruim ficou pior e, o que é mais grave, a situação se agrava a cada chuva mais forte, como as da sexta-feira santa, que trouxeram de volta velhos fantasmas e as consequências desagradáveis já do conhecimento de todos nós.
O mais estranho em tudo isso é que temos uma usina de asfalto, no caminho para Amparo, o que torna incompreensível o estado atual de nossas vias públicas, pois, afinal, matéria-prima existe, basta ser bem utilizada.
Nada como uma cidade bem planejada. Estamos em Maringá, no Paraná, com pouco mais de 60 anos de fundação para um casamento em que ela é de Nova Friburgo e ele da terra. Suas avenidas largas e em mão dupla mostram a necessidade de garantir um bom fluxo de veículos hoje e no futuro. Dois grandes parques, ambos próximos ao centro, são a prova da preocupação com o lazer da população e da tentativa de amenizar o calor dessa região do estado. Ruas bem sinalizadas, com semáforos (linguajar local) que funcionam; além de tornar o trânsito mais ordeiro dão mais tranquilidade para os pedestres.
Talvez valesse a pena matricular nossos secretários em cursos específicos de suas pastas para que eles pudessem aprender como gerir uma cidade nos dias de hoje, em vez de serem simples curiosos.
Max Wolosker
Max Wolosker
Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.
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