Queda em via pública: um acontecimento evitável

sexta-feira, 06 de abril de 2012

Na última quarta feira, durante meu cooper, caí na Av. Julius Arp em frente à propriedade da família Guinle e minha queda só não teve consequências graves porque não vinha carro na pista de rolamento, no sentido de Olaria. Uma calçada há anos sem a mínima conservação, esburacada, com bloquetes quebrados ou arrancados, me fez perder o equilíbrio e cair junto ao meio-fio, ao longo da avenida.

Tal tipo de acidente se deveu ao abandono de nossa cidade, fruto da atuação inoperante de nossas autoridades e do proprietário do terreno. Nossos vereadores eleitos para trabalhar em prol da segurança e bem-estar da população gastam seu precioso tempo em votações de inúteis votos de parabéns pelo aniversário do cidadão e de serviços prestados à comunidade. Nossos prefeitos pecam por escolher seus secretários não por critérios técnicos, mas por apadrinhamento ou interesse político. A calçada onde caí é uma via pública, mas a responsabilidade da sua manutenção pertence também aos proprietários. Se num país sério um pedestre sofre uma queda numa calçada suja de neve ou lama, o dono do estabelecimento é punido, pois compete a ele deixar a passagem livre e sem riscos.

Aliás, essa conservação nula não é de hoje, nem consequência das últimas chuvas, pois são muitos os relatos de pessoas que fraturaram o tornozelo em quedas na Av. Alberto Braune, assim como de entorses, quedas e lesões musculares em outros logradouros de Nova Friburgo. Nossas calçadas são um horror.

O problema está na falta de conservação das vias públicas, uma obrigação do poder público. Para isso pagamos IPTU e outras tantas taxas que leva uma boa parte dos nossos salários. No entanto, o resultado prático disso tudo são as quedas frequentes, em acidentes evitáveis.

Mas o importante nessa história não é o fato de eu não ter fraturado qualquer osso (apenas um forte trauma com um possível estiramento do músculo posterior da coxa); mas a solidariedade das pessoas. Aqueles que passavam pelo local me socorreram e me ajudaram a me recuperar da queda e do susto. Como não sei o nome desses friburguenses, agradeço a todos em nome da Dra. Rita Motroni, que também fazia sua caminhada diária, e foi quem telefonou para minha esposa para me rebocar. Naquele momento, eu não tinha a mínima condição de andar.

A todos o meu muito obrigado.

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Max Wolosker

Max Wolosker

Economia, saúde, política, turismo, cultura, futebol. Essa é a miscelânea da coluna semanal de Max Wolosker, médico e jornalista, sobre tudo e sobre todos, doa a quem doer.

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