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Observatório - 21/03/2012
Escola Batista. Escola da vida
Mais do que uma escola que me ensinou a matemática e as letras, a Escola Batista, onde fui alfabetizado e estudei durante os meus cinco primeiros anos de vida escolar, aprendi valores morais e tive o meu caráter moldado. Aliás, muitos estudos garantem que é nessa fase que nossa personalidade se cristaliza. Depois daí, claro que prosseguimos nossa jornada de evolução, mas aquela base fica nas profundezas de nossa essência. A minha essência tem muito da Escola Batista.
Desta maneira só tenho a agradecer a Escola Batista, que junto à Igreja está completando 65 anos. Eu sou apenas um daqueles que foram formados pelos ideais cristãos desta instituição de ensino e fé!
São doces as lembranças dos cultos todas as quartas-feiras de manhã em que o saudoso pastor João fazia uma pergunta sobre a Bíblia e quem acertasse ganhava doce. Ganhei umas duas ou três vezes! Até hoje me pego cantando alguns dos cânticos desses encontros matinais. Ainda sinto o cheiro da merenda se espalhando pelos longos corredores adentrando a sala da alfabetização da Tia Carminha, que ficava exatamente em frente à cozinha onde as delícias eram carinhosamente preparadas. Infelizmente não lembro o nome da merendeira que sempre atendia todos com esmero. Também não lembro da senhora que tocava a sirene e vendia doces numa banca improvisada no refeitório que também era utilizado para as aulas de recreação. “Corre cotia de noite de dia debaixo da cama...” Tempos bons! O pátio não era grande, mas a diversão sim. Se não tínhamos quadra, a garagem onde ficavam as Kombis da igreja servia de uma maneira ou de outra para o futebol com bola de papel ou para todo o tipo de pique, cola, alto... Quando a sirene soava, fila muito bem-organizada no muro do corredor e as turmas entravam de forma organizada, senão chamavam a diretora, professora Miriam, que sempre me acudia quando eu colocava sangue pelo nariz.
Na 1ª série já estávamos dentro do prédio principal e eu era simplesmente apaixonado pela Tia Roseli. Da 2ª a 4ª séries (hoje 3° ano e 5° anos do Ensino Fundamental) tive o privilégio de ser aluno da Tia Mirtes, que a partir da 3ª dividia o comando da sala com Tia Zezé, que teve uma rápida passagem pela escola, e Tia Mônica.
Hoje não sei quais são os professores da escola Batista, mas acredito que realizam trabalho tão encantador como o que era feito. Acredito também que o pastor Gilson faça trabalho evangelizador tão humano como o tradicionalista pastor João. Também não sei direito como estão os meus colegas de turma, quase todos, à época, meus vizinhos no grande bairro de Olaria. O meu melhor amigo à época mora nos Estados Unidos. Lembro de alguns que não vejo há anos: Gerson, Diego, Maycon, Fernanda, Priscila. A última, inclusive filha da diretora Miriam.
Lembro que temia que chegasse a 4ª série para não ter que sair da Escola Batista! Lá, até hoje, só vai até o 5° ano do Fundamental. Não queria deixar aquele porto seguro protegido por uma igreja na frente! Talvez, por isso, tenha ficado de recuperação na 3ª e 4ª séries! Mas não teve jeito, acabei passando! A opção era ir para o Dermeval, como a maioria dos alunos do Batista faziam, mas como já não morava em Olaria, meus pais optaram pelo Jamil El-Jaick, onde estudei até a 8ª série! O ensino no Batista era tão forte que, de um dos alunos mais medianos, passei a ser um dos melhores na nova escola!
A Escola Batista traz a mim ótimas recordações lindas de uma infância ingênua e serena. É saudade daquelas boas com aprendizados que estão para sempre escritos na minha alma. Que essa escola possa também ter sido e ser escola da vida para muitos outros, nos 65 que foram e nos 65 próximos anos que estão por vir!
Greve dos vigilantes
A greve dos vigilantes no Estado do Rio já está na sua segunda semana de paralisação e sem qualquer previsão de término, pois não houve retomada das negociações com as empresas. Com a greve dos vigilantes, as agências bancárias não atendem ao público. No entanto, em Nova Friburgo, a maioria delas está abrindo. Problemas maiores nas agências da Caixa, Banco do Brasil e Bradesco.
Aumento para agentes de saúde
Agentes Comunitários de Saúde que atuam no programa Saúde da Família de todo o país vão receber reajuste financeiro de mais de 16%. A remuneração do agente passa de R$ 750 para R$ 871 reais por mês. O incentivo é repassado todo o mês para os municípios, por meio do Piso da Atenção Básica.
UBSs em Olaria
Os Agentes Comunitários de Saúde são profissionais vinculados às Unidades Básicas de Saúde. Em Nova Friburgo, a maioria das unidades está concentrada no bairro de Olaria. Eles realizam ações individuais ou coletivas de prevenção de doenças e promoção da saúde por meio de ações educativas nas casas das famílias e na comunidade.
Matemática da classificação
Lanterna do grupo B com 1 ponto, os jogadores do Friburguense ainda acreditam numa eventual classificação para as semifinais da Taça Rio. E o sonho é possível. Com apenas 5 pontos atrás do 2° colocado (Volta Redonda), a conta é simples. Vencer os quatro jogos que restam (Olaria, Madureira, Botafogo e Bonsucesso) e torcer por tropeços dos demais.
Rebaixamento
Como os times de um grupo enfrentam os do outro é possível que em uma rodada a diferença seja tirada de maneira múltipla. Outra conta é a da classificação geral (soma do 1° com o 2° turno) que determina o rebaixamento. O Friburguense ainda respira com 12 pontos, o dobro dos dois que estariam hoje rebaixados: Bangu e Americano, cada com 6 pontos.
Solidariedade na Páscoa
“Amiguinho da Páscoa, o que trazes pra mim?” é a nova campanha de solidariedade da Empresa Júnior do campus Nova Friburgo da Estácio de Sá. O objetivo é doar ovos de chocolate e bombons para os idosos do Laje (Lar Abrigo Amor a Jesus) e as crianças da Apae local. Os interessados em participar devem encaminhar suas doações à sede da empresa, no campus da universidade, até 28 de março.

Wanderson Nogueira
Observatório
Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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