O Frizão voltou! - Capítulo IV—Buquê de gols para o sonho real - 14 de fevereiro 2012

Não é apenas um sonho de carnaval, desses que acabam quando termina o baile. O sonho é mais do que real! Seguir pela primeira vez na história para uma semifinal de Taça Guanabara. Nas duas ocasiões em que o Friburguense conseguiu uma vaga em semifinais de Estadual, ambas foram na Taça Rio.

Uma conquista já está praticamente selada. O Frizão está no mínimo garantido na semifinal do torneio disputado entre os 3° e 4° colocados. Mas há um sonho maior e possível de ser alcançado. Sonho que deve ser perseguido até o último instante da partida contra o Volta Redonda. Mas para que esse sonho pudesse se estender até aqui, houve ação, adrenalina, emoção, luta... Rômulo! Time!

O menino Rômulo está brilhando! Ele não é atacante, mas é o artilheiro do Estadual. Ele sequer jogou todas as partidas! A história dele nesse campeonato começou aos 30 minutos da partida contra o Bangu, quando o 0 a 0 persistia e ele marcou duas vezes. Obviamente que aqueles gols não se construíram somente por ele, mas pela participação de seus companheiros de time—que também foram fundamentais nos 4 que ele fez contra o Boa Vista e no gol importantíssimo que selou a vitória sobre o Americano. Sete gols de Rômulo artilheiro. Gostinho que o Friburguense não sente desde o lendário Jack Jones no início da década passada! Sete gols de um time que merece aplausos!

A partida contra o Boa Vista foi uma das melhores que vi nos últimos tempos no Eduardo Guinle. A garra e vontade demonstradas chamaram a boa sorte. O primeiro gol fez com todos sonhassem, ainda que o empate viesse logo depois. O Frizão não se entregou e com Rômulo de novo fez 2 a 1. O 3° veio numa bela jogada de Jorge Luiz, que ganhou pênalti ao ser derrubado na área. Sem vaidades, o time deu a bola para que o menino Rômulo viajasse no seu sonho. Ele bateu com categoria e frieza de artilheiro no canto direito. 3 a 1. Pede música Rômulo. Ele preferiu pedir ao fim do jogo!

Nada poderia mudar o rumo do vento naquela noite festiva. Mas do outro lado havia Somália brigando pela artilharia e um time rico! A folha salarial do Boa Vista é quatro vezes maior do que a do Friburguense. Mas não há presunção que suporte a justiça do futebol! Ainda que nem sempre ela venha de forma fácil! O 2° tempo começou sendo do Boa Vista que pressionou, ganhou terreno e fez o 2°. 3 a 2. A estrela de Marcos brilhou tanto quanto a de Rômulo. Ele fez pelo menos duas defesas daqueles que você diz que valem gols! No momento que a equipe mais precisava, Ellan, que acabara de entrar, acertou um chute de longe que interrompeu a gana do adversário! Rômulo marcou mais um, mas, ainda que tivesse feito quatro, o gol mais importante foi o de Ellan, que decidiu o jogo e selou a vitória inesquecível.

Rômulo, claro, pediu música. “Buquê de Flores” do Thiaguinho. Dedicou à namorada e todos os torcedores sentiram que o buquê de gols foi oferecido a cada um daqueles que testemunharam aquela noite mágica!

Noite de sonhos de quem sabe sonhar e trabalhar para que esses sonhos sejam verdades duradouras. Aos 36’ do 1° tempo, na hostil Campos, o Friburguense venceu a hostilidade com o amor de Rômulo! Mas também com as defesas de Marcos, a precisão de nossa zaga, a recusa a desistir de nossos volantes, a qualidade de nossos meias, a vontade de nossos atacantes e a estrela de Gerson Andreotti que tem acertado nas substituições que sempre vem dando certo! Que Rômulo continue apaixonado por sua namorada, marcando gols e oferecendo a ela buquês de flores e a todos nós buques de gols! Que o Friburgense continue sendo um time que joga junto por um objetivo comum: um por todos e todos por um!

A classificação é possível! Vence, Friburguense! Salve o Vasco, nosso fiel da balança! Os deuses finalmente estão do nosso lado! Eles adoram a ousadia. Eles amam times que sonham! São geralmente esses que entram para a história!

Matemática da classificação

O Friburguense mantém vivas as suas chances de classificação para as semifinais da Taça Guanabara. Para tanto, a equipe de Gerson Andreotti tem que vencer o Volta Redonda na última rodada, sábado, 18, 19h, e torcer para que nem Fluminense, nem Volta Redonda vençam suas partidas no meio de semana contra Americano e Vasco, respectivamente. Além disso, tem que torcer para que o Boa Vista não vença o Vasco na última rodada.  

Torneio consolação

Já a classificação para o chamado “torneio consolação”, disputado entre os 3° e 4° colocados de cada chave, está praticamente garantida. Um simples empate diante do Volta Redonda, independente dos resultados do Americano, único que matematicamente pode roubar essa vaga. Em caso de empate ou derrota do Americano no meio de semana, o Friburguense já entra em campo na última rodada com a classificação garantida.

Carnaval

Ensaios técnicos e gerais finalizam o trabalho dos blocos de enredo e escolas de samba para que eles entrem plenos na avenida no sábado, 17, e domingo, 18, respectivamente. Os ensaios se tornaram frequentes nos últimos carnavais a fim de garantir envolvimento dos passistas e um bom trabalho de harmonia das agremiações.

Ensaio na avenida

Diferentemente do último carnaval, em 2010, nesse ano não foi possível a realização do ensaio técnico na Alberto Braune, com passagem de som e iluminação. Até porque essa estrutura não foi montada perante as dificuldades da Prefeitura. Apesar de a licitação para estes instrumentos ocorrer apenas na sexta de carnaval, 17, a Prefeitura está otimista quanto ao sucesso dos desfiles.

Livro sobre o carnaval

Às vésperas do carnaval, hoje, 14, na Mais 1, o colunista de A Voz da Serra, David Massena, lança o livro “Até Quarta-feira!”, possivelmente a maior compilação de registro histórico do carnaval friburguense. O livro certamente se tornará a enciclopédia da folia local.

David Massena

“Até Quarta-feira!“ é sucesso antes mesmo do seu concorrido lançamento hoje, 14. Isso porque, vem com a assinatura de amor e capacidade do autor, que tem uma forma única de transformar a história, mesmo as não tão felizes, em poesia. O carnaval friburguense tem muito a agradecer a David Massena, por mantê-lo vivo e testemunhado através dessa obra.