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“Françamente” - 26 de janeiro 2012
Muito se fala sobre o poder e o desdobramento de um bom atendimento no resultado de venda, e cada vez mais eu me convenço do impacto. Comprar é um hábito saudável, que anima o corpo, alegra o espírito e faz a economia girar. Mas comprar também pode trazer culpa, descontrole emocional, histeria, vide as melhores liquidações do mundo (risos) e também exercita o poder social, o controle da transação e a descoberta.
Mas quando se fala em compras a Europa é um dos destinos desejados, mesmo com uma moeda forte, ainda tem muitas coisas bem mais baratas que aqui no nosso terceiro mundo. Dentre suas muitas opções, a França, que é internacionalmente conhecida por suas belezas, história, culinária e pelo jeito esnobe e grosseiro dos franceses com os turistas, tais características, pelo visto, são todas verdades.
Os franceses, em sua maioria, fazem questão de ignorar que seus hábitos (de turista) possam ser diferentes dos deles, atropelam suas limitações de idioma, impõe um jeito distante e diferenciado de tratar o turista em comparação ao parisiense ou o Francês de modo geral, e parecem estar pouco se lixando para o fato de você ajudar substancialmente a pagar o salário dele.
Apesar de multidões se acotovelarem nas quatro filas para subir na torre Eiffel, o parisiense típico, mesmo o que trabalha na atração turística, não goza de domínio de outro idioma, não se importa com o turista e não se preocupa em fazer daquele momento um momento especial. De saco cheio do turista, eles resmungam e balbuciam respostas que desanimam qualquer um de entender os detalhes, e eu me pergunto, quanto mais não poderiam vender se fosse tudo diferente?!
Há quem olhe se o copo está meio cheio, ou meio vazio, mas eu olho sempre entendendo que cabe mais vinho nesta taça, porque o que interessa é o copo estar cheio, não meio cheio, muito menos meio vazio!
Nesta ótica respeitar o potencial de vendas é parte do processo que gera as estratégias de vendas. Quando olhamos o todo, entendemos as diversas alternativas que possuímos e cuidamos de cada uma delas, obtendo satisfação do cliente e em troca o óbvio: vendas, muitas vendas.
A venda com satisfação, autêntica, aquela onde se experimenta a atenção e o envolvimento de quem vende, traz recompras, recomendações e referência. Isso significa um moto-contínuo no caixa da empresa, preferência e lembrança, se for um padrão da sua empresa, tal lembrança se torna de marca, e seu valor no mercado aumenta e expande, alcançando mais gente, acima e abaixo do target inicial.
Boas vendas passam necessariamente por bom atendimento, apoiar-se em tantas outras qualidades é sustentável, mas é copo meio cheio, ou meio vazio, nunca teremos a taça transbordando, o atendimento da França é seu fraco, e francamente ou françamente podia ser bem melhor, mas mesmo assim, vive la France.
A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.
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