Qual é a saída? - 8 de novembro 2011

Em diversos lugares onde vou, no meio de alguma conversa informal, sempre surge alguém extremamente preocupado com a questão do câncer.

E uma das perguntas mais frequentes que fazem é “porque tantos casos de câncer?”.

O que está acontecendo que todo dia a gente ouve falar nisto?

Realmente, para a população em geral, este assunto é tremendamente assustador.

Segundo estatísticas realizadas em diferentes países, um dos grandes medos das pessoas entrevistadas, entre outros, como perder o emprego, por exemplo, é ter câncer.

Esta palavra foi ficando tão carregada de coisas ruins, ao longo do tempo, que até bem poucos anos atrás ninguém falava nela. Ao invés disto, diziam aquela doença ou então aquela doença ruim, como se falando nela pudessem atraí-la para si ou sua família.

Alguns acontecimentos que fazem com que as coisas piorem, que estes temores aumentem, é quando figuras muito populares, conhecidas por todos, principalmente quando são muito queridas, aparecem acometidas por ela.

São casos como os de artistas famosos como a Hebe Camargo, a Ana Maria Braga, e mais recentemente o ex-presidente Lula.

Estes fatos, se por um lado aumentam os medos de cada um a respeito da doença, por outro lado também servem como elemento encorajador no momento em que estas pessoas famosas fazem seus depoimentos publicamente mostrando coragem e ânimo forte, para vencer e superar este momento doloroso de suas vidas.

Com certeza, ao longo do tempo, o numero de casos de câncer de todos os tipos, cerca de mil conhecidos até agora, estão atingindo muito mais gente.

Basta que nós observemos o tanto que a vida de todos foi alterada pelo progresso.

Não tínhamos tanta poluição, de todos os tipos, como hoje.

A comida de todos era feita em casa, os alimentos não tinham tantos venenos como hoje, os chamados pesticidas, sem os quais seria impossível produzir alimento para os sete bilhões de habitantes do planeta.

Recentemente, uma pesquisa feita no leite de mães residentes em locais próximos das grandes plantações de soja, no interior do Brasil, acusou a presença destes pesticidas no leite materno. Imaginem que situação escandalosa.

Agora, se pensarmos em tudo que comemos, desde as carnes de bois, porcos, frangos, o leite que desde crianças nós bebemos, os refrigerantes e principalmente os enlatados, nós vamos ficar num beco sem saída. Se todos estes alimentos levam algum tipo de conservante, e levam, e se estes produtos químicos estão relacionados com algum dos diferentes tipos de câncer, o que fazer?

Realmente, a necessidade fundamental de alimentar estes bilhões de pessoas coloca a humanidade numa espécie de sinuca de bico, como gostam de dizer os jogadores deste esporte.

Se usamos venenos para eliminar as pragas da lavoura, aumentamos os riscos de câncer nas pessoas. Por outro lado, se não usarmos estes venenos a humanidade morrera de fome. Qual será a saída?