Versão e Fato - 30 de junho 2011

domingo, 31 de julho de 2011

Na formação de imagem, na transmissão de informação, na criação de mitos e na percepção de valores, algo que aparece em comum é a necessidade do uso controlado da comunicação, tanto na disseminação do conteúdo como na qualificação e valoração do mesmo.

Deixar a informação se propagar de forma descontrolada, tanto em intensidade como em teor, é perigoso para qualquer planejamento, como também para qualquer previsionamento de futuro.

É fundamental ter controle sobre os canais de comunicação, definindo frequência da informação, teor, tempo, local, forma, linguagem e todas as formas possíveis de direcionamento.

As grandes marcas, os grandes ídolos, as grandes empresas, os grandes políticos, fazem uso cuidadoso da comunicação, quer seja nas ações de pagas formalmente como a publicidade, como outras ações, como assessoria de comunicação com notas pagas, não pagas, veladas ou explícitas. Incluir no controle, ou ao menos no acompanhamento, a internet, redes sociais e outras formas aceleradas de comunicação. Elas também devem ser incluídas na cartilha da boa imagem.

E se engana quem acredita serem estas estratégias opções exclusivas de grandes marcas; são sim fundamentais e possíveis de serem usadas por quem se vê ou deseja ser grande.

Lojas de bairro podem iniciar tendo boa cobertura no seu bairro. Lojas de uma cidade devem focar em ações que cubram sua cidade e assim sucessivamente; mas manter-se atuante e por perto é necessário. Tenha certeza que vão falar de você, melhor que você defina o que vai ser falado. Construir imagem, lembrança e alcançar preferência é o dever de casa!

Os antigos diziam que o boca-a-boca era a melhor opção, e era. Num mercado consumidor onde rara era a casa onde havia um aparelho de TV, onde o rádio era monopolizado por poucas emissoras de abrangência regional e o comércio local vivia de relacionamento pessoal, conhecendo seu cliente pelo nome e anotando os pagamento na caderneta de papel, o boca-a-boca obedecia a velocidade da vida, dos lucros e dos negócios, mas e hoje?!

Na velocidade das mudanças do mercado, onde produtos entram e saem, onde há modas de consumo, de desejos frenéticos e volúveis, a comunicação precisa ter comportamento veloz, incisivo e envolvente. Não dá mais para brincar de comunicação. O jogo agora já é sério.

Comunicar valores, argumentos tangíveis ou intangíveis, usar recursos tecnológicos, meio e mensagem capazes, não de delimitar apenas uma característica ou fato, mas de transcender e gerar percepção, crença e desejo.

A comunicação é um potencializador. Onde ela chega, ela transforma, amplia, multiplica. Ter fatos, sem cuidar das versões, é ter motor de Ferrari em carcaça de Brasília. Ter comunicação gerando versão, sem ter fato algum, é ter carroceria de Ferrari com motor de Brasília, então, que tal ter uma Ferrari inteira?! Não há como viver de fatos, sem cuidar da versão destes, ao menos, não mais.

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