Friburguense – O Retorno - Capítulo 17 - O invicto - 7 de junho 2011

domingo, 31 de julho de 2011

Ao sair de Nova Friburgo para as duas partidas fora de casa, ambas na Região Sul do Estado, contra Barra Mansa e Angra dos Reis, respectivamente, jogadores, diretoria e comissão técnica traçaram um plano claro e ousado: conquistar pelo menos 4 pontos nos dois desafios fora de casa. Ou seja, manter-se invicto e também no pelotão de frente da competição — objetivo que começou a ser conquistado de maneira impressionante.

Quando se falou em quatro pontos — uma vitória e um empate — até os mais otimistas torcedores imaginaram. Empatamos com o Barra Mansa (adversário direto na luta pelo acesso) e arrancamos a vitória diante do lanterna Angra dos Reis. E já começamos com o pé direito. Mesmo com desfalques importantes — Bidú e Marquinhos lesionados mais uma vez não jogaram — o tricolor da serra venceu em uma virada sensacional.

O Barra Mansa saiu na frente e comandou o 1° tempo. Mas o Frizão dominou o 2° e empatou com Zambi e virou com Cadão. O experiente zagueiro se consagrou como o destaque da partida. Jorge Luiz que vem voltando, pouco a pouco, também foi importante para a virada do time da serra, assim como o espírito da equipe que tem se notabilizado por ser um grupo que não desiste nunca, acredita até o fim; afinal, um jogo só acaba quando termina.

Espírito esse que se comprovou ainda mais na partida diante do Angra dos Reis. Com os 3 pontos conquistados, mais 1 seria suficiente para se atingir tal objetivo. Mas após vencer o Barra Mansa, teoricamente mais difícil, o objetivo não poderia ser outro que não a vitória. Mas quando a bola rola, tudo muda: ao ver o escudo do Friburguense, os adversários crescem, se transformam, dão a alma. O Angra ainda tinha ciência de que a derrota praticamente o tiraria da briga pelo acesso. Por isso, veio como um gigante, jogou como se estivesse numa final. Mais uma vez sem Marquinhos e Bidú e também sem Diego Guerra e Zambi, os dois últimos suspensos pelo terceiro amarelo, o time sofreu mais com o azar do que propriamente com a qualidade técnica do adversário. Mal a bola rolou e já estava 1 a 0 para o Angra. O empate veio tão rápido como o revés, com Rômulo. Mas nesses dias estranhos em que os astros não conspiram a favor, tudo parece mesmo dar errado. Em dois contra-ataques o placar já apontava 3x1 para o adversário. E não teve astros, nem deuses do futebol no 2° tempo: a força estava dentro do próprio grupo que no segundo tempo reagiu de maneira sobre-humana. Lucas voltou a marcar após pequeno jejum num belo chute no ângulo. A coragem, a vontade, a recusa em desistir levaram o time ao justo empate a 5 minutos do fim, com bela cobrança de falta de Alves — um inusitado e inacreditável 3 a 3.

A jornada prossegue e o Friburguense volta para casa, contra o Ceres. 3 pontos separam o Frizão líder Quissamã. O time se mantém no pelotão de frente que a cada rodada fica menor. É como um Big Brother em que ao fim sobrarão apenas dois. Os demais ficarão onde estão. Esses dois seguirão para a elite.

O Sendas já havia perdido, o Quissamã caiu para o próprio Sendas e por mais que todos queiram, ninguém consegue derrubar o Frizão, invicto ao lado do Bonsucesso. A liderança está próxima e mais do que a invencibilidade, nada interessa mais do que a ponta, porque o Friburguense não pertence à segundona e a elite quer o Friburguense de volta.

Casas populares (1)

Segundo a Secretaria Estadual de Obras, Nova Friburgo receberá 3.480 casas populares que serão entregues a partir de fevereiro do ano que vem. O cronograma atrasou mais do que o esperado e a previsão inicial do vice-governador do Estado, Luiz Fernando Pezão, de entregar as primeiras unidades já em dezembro não será possível.

Casas populares (2)

Nova Friburgo receberá mais da metade de todas as casas que serão construídas nos sete municípios atingidos da região, sendo quase o dobro do 2° município a receber mais casas, Teresópolis, com 1.818. Das obras federais anunciadas pela presidenta Dilma, são ainda 8 encostas e 21 pontes em Nova Friburgo.

Morte materna (1)

O número de morte materna aumentou consideravelmente no estado do Rio de Janeiro. A constatação se deu no relatório anual do Comitê Estadual de Prevenção e Controle da Mortalidade Materna.

Morte materna (2)

A primeira causa da mortalidade materna são as hemorragias, seguidas pela hipertensão, infecções e aborto. Falta de escolaridade, racismo, violência e desigualdade social também foram definidos como os principais fatores para o alto índice das mortes de mães no estado.

Rugby

O Friburgo Rugby encerrou a sua participação no Estadual 2011 perdendo para a UFF por 25 a 5, em jogo disputado no último sábado, 4, no Rio de Janeiro. A equipe terminou na última colocação e teoricamente está rebaixada. No entanto, pode haver uma reviravolta na Federação, que estuda manter o Friburgo Rugby na Primeira divisão.

E.C. Filó

Após a retirada dos entulhos, as máquinas já trabalham na reconstrução do campo de futebol do Esporte Clube Filó, na Vila Amélia. O espaço serviu de bota-fora durante a tragédia de janeiro, no Centro. A expectativa é para que todo o trabalho esteja finalizado dentro de mais duas semanas com a reinauguração do espaço ocorrendo no dia 26.

Mais 1

Mais 1 não! Mais 2 para ser mais 3. A casa noturna mais famosa de Nova Friburgo começa a exportar a ideia friburguense, expandindo o negócio para a além do município. Os proprietários pretendem abrir, em breve, a Mais 1 Cabo Frio e já se preparam para abrir a Mais 1 em Niterói. Nas duas cidades, o mesmo formato de Nova Friburgo: bar, sinuca, restaurante, música, esportes e boate.

TAGS:
Wanderson Nogueira

Wanderson Nogueira

Observatório

Jornalista, cronista, comentarista esportivo, já foi vereador e agora é deputado. Ufa! Com um currículo louvável, o vascaíno Wanderson Nogueira atua com garra no time de A VOZ DA SERRA em Observatório, sua coluna diária.

A Direção do Jornal A Voz da Serra não é solidária, não se responsabiliza e nem endossa os conceitos e opiniões emitidas por seus colunistas em seções ou artigos assinados.